Melbourne (Austrália) - Uma das maiores rivalidades fora das quadras do tênis nos últimos anos, os embates entre o australiano Nick Kyrgios e o sérvio Novak Djokovic têm sido uma constante de uns tempos para cá. O número 1 do mundo não se furtou de falar sobre seu maior crítico, o elogiou pelo que pode fazer dentro de quadra, mas também disparou contra sua postura.
“Acho que ele é bom para o esporte, pois aborda os assuntos de uma maneira bem autêntica. Todos têm o direito de se expressarem da maneira que querem. Ele tem qualidade e pode bater qualquer um, mas fora de quadra eu não tenho muito respeito por ele e não há mais nada o que comentar”, afirmou o oito vezes campeão no Melbourne Park.
Com estreia marcada já para a segunda-feira, o sérvio disse estar preparado para desafiar o francês Jeremy Chardy, contra quem já jogou 13 vezes e venceu todas, sem perder um set sequer. “Tenho um bom retrospecto contra Jeremy, seu jogo é muito focado no saque e no forehand. Acho que ter jogado já duas partidas de simples e duas de duplas na Rod Laver Arena pode me ajudar”, opinou.
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Djokovic mostrou ter opinião similar à do austríaco Dominic Thiem, seu adversário na final do ano passado, quando o assunto é a velocidade do piso em 2021. “As quadras neste ano estão mais rápidas, bem diferentes do que 5 ou 6 anos atrás. Vários jogadores também notaram isso”, afirmou o líder do ranking.
Eliminado na fase de grupos na ATP Cup, o sérvio destacou o reencontro com a torcida, que estava afastada dos torneios desde a paralisação por causa da pandemia do coronavírus. Ele espera que o caso isolado de um funcionário de um dos hotéis que recebeu a quarentena dos jogadores não mude a situação e o público esteja presente no Melbourne Park.
“Mesmo que o público seja em uma porcentagem pequena, já é alguma coisa. No estágio da carreira que estou, gosto de poder ter a energia do público”, afirmou o tenista de 33 anos, que só caiu na estreia no Australian Open em suas duas primeiras aparições no torneio, perdendo em 2005 para o russo Marat Safin e em 2006 para o norte-americano Paul Goldstein.