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Sherif faz história com 1ª vitória egípcia em Slam
09/02/2021 às 11h56

A egípcia Mayar Sherif, de 24 anos, vem quebrando barreiras para o tênis de seu país

Foto: Divulgação

Melbourne (Austrália) - Meses depois de se tornar a primeira representante de seu país em uma chave principal de Grand Slam, quando atuou em Roland Garros no ano passado, Mayar Sherif deu mais um passo importante ao se tornar a primeira mulher egípcia a vencer um jogo em torneios deste porte. Vinda do qualificatório no Australian Open, Sherif superou nesta terça-feira contra a francesa Chloe Paquet, 187ª colocada, por duplo 7/5.

Em franca evolução no circuito profissional, Sherif está com 24 anos e ocupa o 131º lugar no ranking da WTA. Sua próxima meta é ser a primeira mulher do país no top 100. Formada no saibro, ela reconhece que teve dificuldade para atuar no piso duro e celebra o fato de conseguir adaptar seu estilo de jogo às condições mais rápidas em Melbourne.

"Obviamente, essa vitória significa muito porque era uma barreira mental que eu tive que superar", disse Sherif após a partida em Melbourne. "Foi muito para eu adaptar o meu jogo às condições. Demorou um pouco. As quadras estão mais rápidas, e com o calor, tudo acontece muito rápido. Foi muito difícil de controlar a bola".

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"Estas são as quadras mais rápidas em que já joguei, mas ainda assim consegui competir e vencer. Estou jogando no mais alto nível aqui, então esse resultado significa muito para mim", explicou a egípcia, que agora enfrenta a eslovena Kaja Juvan, 104ª do ranking. "Mesmo que não seja o meu piso favorito, eu ainda lutei, consegui adaptar meu jogo e ganhei. Eu ainda preciso, obviamente, de muita experiência e fazer mais jogos como este, porque eu preciso frequentar mais esse tipo de torneio e enfrentar mais adversárias desse nível".

Egípcia teve dificuldades financeiras no início
Depois de ter sido top 50 no ranking mundial da ITF, e de atuar no circuito universitário norte-americano, Sherif encontrou dificuldades financeiras em sua transição para o tênis profissional. Um fator decisivo para que ela continuasse jogando foi receber o apoio do Fundo de Desenvolvimento mantido pelos Grand Slam, que apoia alguns tenistas de países onde o esporte não é tão difundido. Ela agora tenta incentivar a nova geração de jogadoras de seu país.

"As pessoas muitas vezes me param na rua e querem uma foto. Ou apenas dizem boa sorte para os próximos torneios", disse Sherif, quando questionada se é reconhecida no Cairo. "É uma sensação muito boa, especialmente quando as crianças ou jovens tenistas me reconhecem. Para mim, isso significa muito porque essa é a próxima geração e quero que eles acreditem em si próprios. Então, quando alguém me diz: 'Eu quero um dia ser como você', eu respondo: 'Não, você tem que ser melhor que eu, tem que realizar algo mais, tem que buscar mais'".

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