Melbourne (Austrália) - Mesmo com a vitória na segunda rodada do Australian Open, a número 1 do mudo Ashleigh Barty reconhece que poderia ter jogado melhor no duelo caseiro contra Daria Gavrilova. Isso porque Barty chegou a liderar por 6/1 e 5/2, mas teve uma queda brusca de rendimento no fim da segunda parcial. A australiana de 24 anos chegou a salvar dois set points antes de definir a partida com parciais de 6/1 e 7/6 (9-7).
"Acho que estava fazendo todas as coisas certas até aquele ponto do 5/2, mas então sinto que apenas perdi meu caminho taticamente no jogo, disse Barty após a partida desta quinta-feira em Melbourne. "Acho que, mais do que qualquer coisa, provavelmente senti que o set estava se transformando em uma prickly pear (uma espécie de pera espinhosa, da família dos cactos), mas fiquei feliz por conseguir voltar para o jogo no tiebreak, quando precisei, e por vencer alguns pontos importantes".
"...the set was turning into a bit of a prickly pear."
-@AshBarty
Quote machine, world No. 1, into R3. ☑️#AusOpen pic.twitter.com/TJgf8vsbBc— TENNIS (@Tennis) February 11, 2021
'É bom ter a Gavrilova de volta', disse a número 1
Barty também enalteceu a grande partida que Gavrilova fez. A jogadora de 26 anos já foi número 1 do ranking mundial juvenil e chegou à 20ª posição entre as profissionais em 2017. Depois de terminar quatro temporadas seguidas no top 40 da WTA, ela começou a sofrer com lesões constantes no pé e chegou a ficar mais de um ano sem jogar. Sua volta às quadras aconteceu no ano passado em Roland Garros, e a australiana aparece atualmente apenas no 387º lugar do ranking.
"É tão bom vê-la de volta. Ela teve uma carreira um pouco complicada por causa das lesões nos últimos 18 meses ou mais, então é tão bom vê-la de novo aqui competindo", explicou a líder do ranking mundial. "Quando você joga contra outra australiana ou contra uma compatriota, os rankings vão pela janela, a experiência sai pela janela. Normalmente, vocês se conhecem muito bem, então sempre é uma partida complicada".
Duelo com Alexandrova na terceira fase
O próximo jogo de Barty será contra a russa Ekaterina Alexandrova, 32ª do ranking, que venceu a tcheca Barbora Krejcikova por 6/3 e 7/6 (7-4). Na última semana, Alexandrova conseguiu duas vitórias expressivas no Gippsland Trophy, um dos três WTA 500 do Melbourne Park, tendo superado Iga Swiatek e Simona Halep.
"Eu nunca joguei contra ela, é uma adversária nova para mim. Acho que é a hora do Tyz [o técnico Craig Tyzzer] e eu sentarmos e fazermos nosso dever de casa. Tyz é muito cuidadoso com todo o trabalho que faz. Ele é o melhor no ramo. Tenho muita sorte de tê-lo ao meu lado".
"Vamos sentar e trabalhar a partir daí, tentar elaborar um plano de jogo da melhor maneira que pudermos", explica a campeã de Roland Garros de 2019. "Ela obviamente está jogando um tênis de alto nível, teve ótimos resultados na semana passada também. Certamente, fará uma grande temporada. Não há partidas fáceis em nenhum evento do circuito, e nem dos Grand Slam. Acho que toda vez que você entra na quadra tem que tentar fazer o seu melhor para poder competir com todas".