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Após parceria com Soares, Stefani mira vaga olímpica
16/02/2021 às 11h02

Stefani precisa estar no top 10 de duplas para conseguir a vaga olímpica

Foto: Arquivo
Por Diego Diegues
Especial para TenisBrasil

Melbourne (Austrália) - Após a derrota na segunda rodada do Australian Open, ao lado de Bruno Soares, a paulista Luisa Stefani concedeu uma entrevista exclusiva ao TenisBrasil. A número um de duplas do Brasil, analisou a partida contra os australianos Matthew Ebden e Samantha Stosur, falou sobre a performance no primeiro Grand Slam do ano, o planejamento para os próximos torneios e a experiência de ter jogado pela primeira vez na Margaret Court Arena.

"Eles (Ebden e Stosur) jogaram muito bem, estavam muito sólidos tanto no saque como na devolução. Acho que a gente cometeu muitos erros, e eu particularmente poderia ter jogado um pouco melhor”, analisou Stefani após a derrota por 6/3 e 6/1 nesta terça-feira. A paulista de 23 anos também comentou como foi ter jogado pela primeira vez numa rodada noturna de um Grand Slam. Segundo ela, há sempre espaços para melhorias e que jogos como esse servem de aprendizado.

"Eu geralmente jogo de dia nas quadras de fora, então jogar à noite com a luz atrapalha um pouco. Mas é questão de ajustes porque você não treina lá, então fica difícil. Enquanto tem jogadores que estão mais acostumados, uma vez que treinam e jogam por lá com mais frequência. Por isso, que serve de aprendizado, sempre tentar fazer ajustes, não importa quadra, dia, noite ou horário", comentou Stefani, que admitiu ter tido dificuldades na partida contra os australianos.

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Stefani admitiu que não fez uma de suas melhores partidas, mas comemorou o fato de pela primeira vez ter jogado na Margaret Court Arena, umas das principais quadras de tênis do mundo. "Confesso que foi uma experiência incrível. Hoje, eu realizei um sonho jogando ao lado do Bruno, num estádio como esse e contra a Stosur, ganhadora de Grand Slam", contou a brasileira, que espera estar ainda mais preparada no ano que vem.

A número 31 do mundo de duplas admitiu que o foco inicial era o Australian Open, e que apesar de eliminada nas chaves feminina e mista, está contente por ter alcançado a segunda semana em Melbourne. "Uma pena ter acabado cedo, mas feliz por ter chegado na segunda semana e ter jogado pela primeira vez na carreira duplas mistas. Muita coisa positiva para tirar desse começo de ano, estou vivendo um sonho, mas ao mesmo tempo sei que as expectativas estão mais altas em 2021", disse.

Planejamento
Stefani confirmou que segue na Austrália, para a disputa do WTA 500 em Adelaide, e depois viaja para Doha e Dubai para mais dois torneios, ao lado da parceira americana Hayley Carter. "Vamos ver como o corpo e a mente reagem nos próximos dias, para ver se sigo o calendário ou vou descansar entre os próximos torneios", afirmou a brasileira, que também deve confirmar presença no WTA 1000 de Miami, no começo de março.

Parceria com Soares
A jogadora de 23 anos comemorou o fato de ter jogado com Bruno Soares pela primeira vez na carreira. “Muito legal. Eu cresci vendo o Bruno jogando duplas, já o vi ganhando Slam, então foi um prazer gigantesco jogar ao lado dele. Por um lado é uma conquista, mas por outro é um começo, porque quero batalhar ainda mais para levar a dupla mais pra frente. O objetivo é jogar os próximos Slam juntos e quem sabe Olimpíada”, disse.

E por falar em Olimpíada, ela mira estar em Tóquio, como a sua maior meta deste ano. “É o meu maior objetivo da temporada e só depende de mim chegar lá. É uma coisa que me motiva, mas que não posso pensar todo dia”, encerrou. Vale lembrar, que a brasileira precisa estar entre as dez melhores tenistas do mundo em duplas, para garantir uma vaga nos Jogos Olímpicos, no Japão.

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