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Djokovic diz que lesão abdominal cresceu quase 1 cm
22/02/2021 às 11h28

Melbourne (Austrália) - Um dia após conquistar pela nona vez o título do Australian Open, o sérvio Novak Djokovic levou a taça para passear na praia. O número 1 do mundo não apenas posou para fotos com o troféu Norman Brookes, mas também cumprimentou alguns fãs e falou com a imprensa, revelando uma piora na sua lesão desde que foi detectada.

Djokovic teve uma ruptura muscular no abdome durante a partida de terceira rodada contra o norte-americano Taylor Fritz e chegou a questionar se conseguiria continuar no torneio. Com tratamento especial, o sérvio seguiu competindo e faturou o título, mas viu a lesão piorar durante sua campanha em Melbourne.

“A lesão piorou desde que comecei até agora. Os médicos me disseram que não é algo exageradamente sério, mas vou ter que tirar um tempo para me recuperar bem. Fiz uma ressonância magnética há algumas horas e dá para ver que o rasgo fibrilar é de 2,5 centímetros. No dia contra o Fritz fiz outra ressonância magnética e foi constatado que o rasgo era de 1,7 cm”, disse o sérvio.

Com tudo isso, o número 1 do mundo não deverá voltar tão rapidamente ao circuito. Na entrevista coletiva após a conquista do Australian Open ele já havia falado que irá jogar menos em 2021 não só por causa da idade, mas também das condições de viagem em um mundo ainda dentro de uma pandemia.

“Ter minha família comigo viajando o circuito nesse momento é uma coisa muito difícil de acontecer, até porque temos muitas regras de quantas pessoas podemos levar nos torneios. Tenho que esperar para ver como as coisas vão acontecer e por isso não me comprometi com nenhum torneio depois da Austrália”, afirmou o sérvio de 33 anos.

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Djokovic garante ter ainda um bom tempo de circuito pela frente, mas sabe que precisa começar a se poupar. “Ainda não me sinto velho nem cansado, mas biologicamente as coisas são diferentes para mim do que eram 10 anos atrás. Tenho que ser inteligente com minha programação e o pico tem que vir nos Grand Slam, que é quando quero ter meu melhor desempenho”, observou.

“Quando estou fora de casa tenho que fazer com que minha ausência valha a pena e transformar isso em sucesso. Às vezes corta meu coração quando vejo meus filhos, mas graças à tecnologia posso vê-los pelo facetime, mas não estou perto deles. Claro que há pessoas no mundo que sofrem muito mais do que eu, não posso sentar aqui e ficar reclamando da minha vida, mas ainda assim sinto falta deles”, acrescentou Novak.

O sérvio fez questão de reforçar a importância da família nessa decisão. “Vou revisar meu calendário em comparação ao do ano passado e de outras temporadas, já expliquei isso antes. Temos que ver essas questões de restrições. Não posso viajar com minha família e isso é um grande problema para mim”, encerrou o líder do ranking.

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