Miami (EUA) - Em sua primeira competição fora da Austrália desde fevereiro do ano passado, a número 1 do mundo Ashleigh Barty encarou uma longa viagem para a disputa do WTA 1000 de Miami. Barty conta que encarou quase 50 horas de traslado desde seu país natal até a costa leste dos Estados Unidos, já que dois dos voos que ela faria foram cancelados.
"Foi uma viagem longa. Demorou cerca de 48 horas para nós", disse Barty, em entrevista coletiva na última terça-feira. "Deveria ter sido uma viagem simples, de Brisbane para Sydney, depois de Sydney para Los Angeles, e por último de L.A. para Miami. Geralmente é uma viagem bem fácil. Mas tivemos um cancelamento saindo da Austrália e mais outro quando chegamos em Los Angeles. Foi uma grande confusão".
Desde a paralisação do circuito por quase cinco meses no ano passado, Barty preferiu não viajar para o exterior, considerando os riscos de contaminação pela doença e o rígido controle de segurança adotado na Austrália. Depois que o país flexibilizou algumas regras de isolamento, Barty intensificou sua preparação para o Australian Open, começando a pré-temporada ainda em outubro. Ela jogou três torneios em seu país neste início de ano. "Agora estamos aqui. Já fazia um bom tempo que eu não viajava para jogar. É bom estar de volta a competir e fazer o que amamos".
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— WTA Insider (@WTA_insider) March 24, 2021
Defending champion Ash Barty explains how a simple trip turned into a 50-hour travel day. #MiamiOpen
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Barty foi a última campeã do torneio, ainda em 2019, já que a edição passada foi cancelada devido à pandemia da Covid-19. "Obviamente, é um torneio do qual tenho muitas boas lembranças. Esta semana para mim, alguns anos atrás, foi uma das melhores da minha carreira, onde joguei tênis consistente durante todo torneio. Estou ansiosa para me testar mais uma vez para tentar jogar nesse nível", comenta a líder do ranking, que estreia contra a vencedora entre a norte-americana Hailey Baptiste e a eslovaca Kristina Kucova.
A australiana de 24 anos também falou sobre o equilíbrio no circuito, com várias jogadoras lutando por títulos importantes. "Sinto que já tivemos essa conversa há alguns anos. É incrível pensar que exista tanto equilíbrio. É uma competição realmente saudável, sabendo que você tem que estar perto do seu melhor nível a cada partida. Isso revela o melhor de cada uma e está pressionando todas as jogadoras a melhorar. Já ouvi essa pergunta várias vezes nos últimos três ou quatro anos. Para mim, é bastante surpreendente que todos ainda estejam admirados".