Miami (EUA) - Depois de quatro cirurgias no cotovelo, a croata Ana Konjuh parece finalmente ter recuperado o tênis empolgante que mostrou ainda adolescente, quando virou uma das grandes sensações do circuito entre 2016 e 2017.
Konjuh já ganhou três rodadas no WTA 1000 de Miami, com vitória em cima de duas top 20, uma sequência de sucesso que não acontecia desde que atingiu as oitavas de Wimbledon há quase quatro anos. Depois de ter vencido Madison Keys na segunda rodada, ela superou no último sábado a também jovem e promissora Iga Swiatek.
"Tem sido frustrante conviver com tantas contusões e cirurgias nas duas últimas temporadas, tentando voltar mas sem atingir um nível razoável", afirmou à agência Reuters a atual 338º do mundo, que precisou de convite para entrar em Miami. "Estar completamente saudável e competir neste nível significa muito para mim".
Ana surgiu como prodígio, com títulos juvenis na Austrália e no US Open ainda aos 15 anos. Em sua estreia como profissional, com 16, derrotou a então 14ª do mundo Roberta Vinci. Atingiu então as quartas do US Open e entrou no top 20 em 2017, mas daí em diante começaram os problemas físicos.
"Nesses momentos em que você está doente e cansada de tudo, você se questiona se tudo isso vale a pena, mas então percebe o quanto ama o esporte e se lembra porque começou nele", conta. "Então decidi que não vou parar enquanto não tentar de tudo. Queria ficar forte mentalmente como era antes e retomar meu melhor nível".
Sua próxima adversária em Miami será a letã Anastasija Sevastova, número 57 do ranking, que se prevaleceu do abandono de Simona Halep e nem entrou em quadra no sábado. As duas se enfrentaram uma única vez, em Mallorca de 2017, com vitória de Sevastova no terceiro set. Quem avançar às quartas, terá pela frente Petra Kvitova ou Elina Svitolina.
