Stuttgart (Alemanha) - Quase dois anos depois de surpreender o circuito com a conquista de Roland Garros, a australiana Ashleigh Barty voltou a ter sucesso sobre o saibro. Em sua primeira apresentação no WTA 500 de Stuttgart, conquistou um suado troféu com viradas nas três rodadas decisivas. Neste domingo, superou a número 7 Aryna Sabalenka, por 3/6, 6/0 e 6/3. Além de faturar 55,3 mil euros, a campeã que completou 25 anos na véspera levou um Porsche.
Barty chega assim a 20 vitórias em 23 jogos na temporada e ao segundo troféu importante do ano ao lado de Miami de semanas atrás. Tem agora 11 títulos em 16 finais e se torna a primeira número 1 do ranking a vencer Stuttgart desde Justine Henin, em 2007.
A australiana também está na final de duplas, ao lado da norte-americana Jennifer Brady. Em caso de vitória, será também a primeira com sucesso em simples e duplas em Stuttgart em duas décadas. A última foi Lindsay Davenport, em 2001.
Sua campanha na semana foi das mais difíceis, com viradas sucessivas. Ficou a dois pontos da derrota para Karolina Pliskova nas quartas e viu Elina Svitolina ter duas vezes vantagem para vencer a semi de sábado. Ao vencer Sabalenka, Barty tem agora 10 vitórias seguidas sobre adversárias top 10, sendo seis delas em 2021. Com tudo isso, passa a liderar também o ranking da temporada.
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Duelo tático na final
Sabalenka não abriu mão de seu estilo sempre muito agressivo e de alto risco e precisou salvar três break points em dois de seus primeiros três games de serviço. So então começou a ameaçar mais a australiana, que claramente tentava alongar mais os pontos. Barty escapou da quebra por três vezes no sexto game, mas tentou uma curtinha imprecisa e acabou dando a vantagem de 5/3, que Sabalenka aproveitou em seguida num game longo.
A número 1 então decidiu mudar a tática. Além de usar mais o slice, passou a tomar a frente dos pontos, usando até mesmo subidas à rede atrás do segundo saque da bielorrussa. Sabalenka começou então a colecionar erros não forçados e permitiu que a adversária disparasse no placar, com apenas 10 pontos perdidos em 35 disputados. Na virada de lado, pediu atendimento médico e foi para o vestiário antes do set final, exibindo então uma proteção no alto da coxa direita.
Emoção no terceiro set
O domínio de Barty prosseguiu na abertura do terceiro set e a frustração cresceu a cada game para Sabalenka, que se mostrou apressada e imprecisa na escolha dos golpes. Veloz sobre o saibro coberto e cheia de recursos, a australiana chegou a 3/0 sem perder ponto com o serviço a favor.
Mas ainda haveria emoção. Esforçada, Sabalenka enfim voltou a confirmar o serviço e em seguida conseguiu aprofundar as devoluções e induzir a oponente a erros que não vinham acontecendo. Encostou, mas não sustentou o momento, entregando outro serviço com direito a dupla falta. Com 4/2, Barty ainda precisou salvar três break-points no melhor game do duelo antes de garantir a vantagem essencial. Foi sua quarta vitória em sete duelos diante da bielorrussa e a segunda seguida deste ano, como aconteceu em Miami.
Depois de ótima semana, em que superou Simona Halep na semi, Sabalenka disputou sua segunda final da carreira sobre o saibro sem sucesso, repetindo Lugano de 2018. Ela buscava seu 10º título e o inédito sexto lugar do ranking. Campeã de Abu Dhabi em janeiro, Sabalenka havia ganhado todas as últimas seis finais que disputou.
She's done it AGAIN 🏆
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World No.1 🇦🇺 @ashbarty comes from a set down for the third match in a row to clinch her third WTA title of 2021!#PorscheTennis pic.twitter.com/UT1KJzwTVL