fiogf49gjkf0d
Paula Capullo, arbitragem, juiza de cadeira, silver badge, Copa Davis" /> fiogf49gjkf0d Paula Capullo, arbitragem, juiza de cadeira, silver badge, Copa Davis" lang="pt-BR" xml:lang="pt-BR" /> fiogf49gjkf0d Paula Capullo, arbitragem, juiza de cadeira, silver badge, tênis" /> fiogf49gjkf0d 2012/outros_assuntos/paula_capullo_arbitra_internacional_int.jpg" /> fiogf49gjkf0d 2012/outros_assuntos/paula_capullo_arbitra_internacional_int.jpg" />Rio de Janeiro (RJ) - A gaúcha Paula Capullo, de 30 anos, é a maior autoridade em arbitragem de cadeira na América do Sul e a principal juíza de cadeira da Peugeot Tennis Cup, challenger de US$ 75 mil que acontece no Jockey Club de Rio de Janeiro até o próximo domingo. Atualmente é a única juíza com a certificação Silver Badge no continente e uma das 12 mulheres na mesma categoria espalhadas pelo mundo. Depois delas, existem apenas seis mulheres com certificação Golden Badge. O "badge" é uma espécie de grau atribuído aos juízes. Começa pelo White Badge e segue como Bronze, Silver e Gold.
A arbitragem pode até ser considerada um trabalho cheio de charme, com muitas viagens ao redor do mundo, mas é um longo caminho trilhado por poucas pessoas. Requer perseverança, principalmente quando se trata de uma mulher, já que a maioria dos profissionais da área são homens e no Brasil são poucos os torneios femininos.
Paula começou em 1999, quando fez um curso nacional de arbitragem nível 1, para trabalhar como auxiliar e juíza de linha. Aos 17 anos, seguir carreira ainda não era um objetivo e ela foi aceitando os trabalhos conforme apareciam.
Quatro anos depois, decidiu seguir carreira e foi para Buenos Aires fazer o curso para a primeira certificação internacional, o White Badge. Passou no exame, ganhou o certificado e não parou mais.
Em 2006 se tornou Bronze Badge e no final de 2011, veio a surpresa. Foi escolhida como um dos cinco profissionais promovidos a Silver Badge. Os outros quatro eram homens e de países que sediam Grand Slam: dois franceses e dois ingleses.
A rotina de um juiz de cadeira não é fácil. Para trabalhar nos grandes eventos, como Grand Slam e Jogos Olímpicos, antes é preciso trabalhar em torneios menores, em diversos países. No começo da carreira, Paula costumava ficar seis meses no México trabalhando, para ganhar experiência. Hoje, ela se orgulha de já ter feito cadeira nos Jogos Olímpicos de Londres, em Wimbledon e no US Open, sem contar os torneios Masters 1000 da ATP. Por outro lado, somando todas as semanas que ficou em casa durante o ano, não dá mais que três meses. Por sorte, Paula é casada com outro árbitro de cadeira e algumas vezes eles conseguem trabalhar nos mesmos torneios. O resto do tempo estão separados.
Quando questionada sobre as dificuldades da profissão, Paula já não se recorda dos momentos ruins, mas não consegue esquecer dos engraçados. "Fui convocada para trabalhar em um torneio na Alemanha. Tentei aprender um pouco de alemão, porque o básico somos obrigados a falar, como a apresentação dos jogadores e algumas frases para se dirigir ao público, mas descobri que não adianta tentar falar alemão se não estudar a língua. Até os jogadores me olhavam de forma estranha e só me entendiam quando eu falava inglês", conta a juíza, que fala inglês, espanhol, um pouco de italiano, francês e até húngaro.