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Semifinalista em Roma, Martic treina com Schiavone
14/05/2021 às 16h46

Petra Martic, de 30 anos, aposta no trabalho com ex-top 5 para evoluir no circuito

Foto: Adelchi Fioriti

Roma (Itália) - Semifinalista do WTA 1000 de Roma, Petra Martic tem como trunfo para esta temporada de saibro os treinos ao lado da italiana Francesca Schiavone, ex-número 4 do mundo e campeã de Roland Garros em 2010. Com quatro vitórias seguidas na semana, a croata de 30 anos e 25ª do ranking diz que o trabalho com Schiavone tem ajudado bastante a recuperar a confiança em seu jogo e ela espera que parceria seja duradoura. 

“Sempre treinei forte, mas sinto que agora algo mudou. A voz de Francesca e sua maneira de pensar e de ver o tênis me fizeram acordar. Sou uma pessoa que tende à perfeição e com o seu apoio consigo me acalmar e relaxar um pouco mais", disse Martic, depois de vencer o duelo das quartas contra a norte-americana Jessica Pegula por 7/5 e 6/4.

"Ela é tudo que eu gostaria de ser em quadra: lutadora, intensa e positiva. Sempre. Acompanhei sua trajetória em Roland Garros e nunca tinha visto ninguém que colocasse todo aquele coração na quadra. Espero continuar com ela por muito tempo”, acrescentou a croata, que enfrentará a tcheca Karolina Pliskova, número 9 do mundo, na semifinal deste sábado em Roma. 

Martic chegou às quartas de final de Roland Garros em 2019 e alcançou o 14º lugar do ranking no início do ano passado. Mas em 2021, ela só havia vencido quatro jogos no ano antes da ótima semana em Roma. E nos dois primeiros torneios com Schiavone, também havia caído na estreia em Istambul e Madri. "Os dois primeiros torneios no saibro ainda foram um pouco difíceis. Mas parece que aqui as coisas realmente começaram a se encaixar".

"Tive muitas dificuldades no início da temporada. Não conseguia encontrar o meu jogo de um dia para o outro. Sentia que não estava melhorando e não me sentia mais confortável em quadra. É uma sensação ruim, devo dizer. Depois da minha derrota em Miami, tive que repensar minha situação, porque não estava jogando da maneira que queria e comecei a pensar em quem poderia me treinar", explica a experiente tenista de 30 anos, que anteriormente treinava com Sandra Zaniewska.

"Eu queria que alguém que fosse uma ex-jogadora, alguém que lutasse, que fosse positiva, e que talvez até jogasse com um estilo parecido com o meu, que pudesse entender meu jogo muito bem", comenta a croata, que também destaca a importância de Schiavone no aspecto mental do jogo. "Ela realmente acredita em mim como jogadora, e acredita que posso ser ainda melhor do que sou agora. Comecei a sentir melhor o meu jogo e isso é uma ótima notícia. E ela sempre diz: 'Você saca muito bem, você faz isso muito bem, acredite nisso, confie no seu jogo'. Essas coisas realmente significam muito para mim".  

Schiavone confia no potencial da croata
Schiavone, de 40 anos, encerrou sua carreira como jogadora profissional em 2018 e chegou a ter uma breve experiência como treinadora ao lado da dinamarquesa Caroline Wozniacki, na temporada de saibro do ano seguinte. "Sinto que pronta para este novo desafio de dividir a minha experiência nas quadras de tênis", disse Schiavone ao site do torneio.

"Conheço a Petra há muito tempo, até porque pude jogar contra ela algumas vezes. Vejo muitas possibilidades de melhora caso ela trabalhe todo o potencial de seu jogo. Isso me estimula muito para recomeçar esse caminho, porque sei que há muito que pode ser desenvolvido e levado adiante ”.

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