Roma (Itália) - Semifinalista do WTA 1000 de Roma, Petra Martic tem como trunfo para esta temporada de saibro os treinos ao lado da italiana Francesca Schiavone, ex-número 4 do mundo e campeã de Roland Garros em 2010. Com quatro vitórias seguidas na semana, a croata de 30 anos e 25ª do ranking diz que o trabalho com Schiavone tem ajudado bastante a recuperar a confiança em seu jogo e ela espera que parceria seja duradoura.
“Sempre treinei forte, mas sinto que agora algo mudou. A voz de Francesca e sua maneira de pensar e de ver o tênis me fizeram acordar. Sou uma pessoa que tende à perfeição e com o seu apoio consigo me acalmar e relaxar um pouco mais", disse Martic, depois de vencer o duelo das quartas contra a norte-americana Jessica Pegula por 7/5 e 6/4.
"Ela é tudo que eu gostaria de ser em quadra: lutadora, intensa e positiva. Sempre. Acompanhei sua trajetória em Roland Garros e nunca tinha visto ninguém que colocasse todo aquele coração na quadra. Espero continuar com ela por muito tempo”, acrescentou a croata, que enfrentará a tcheca Karolina Pliskova, número 9 do mundo, na semifinal deste sábado em Roma.
Martic chegou às quartas de final de Roland Garros em 2019 e alcançou o 14º lugar do ranking no início do ano passado. Mas em 2021, ela só havia vencido quatro jogos no ano antes da ótima semana em Roma. E nos dois primeiros torneios com Schiavone, também havia caído na estreia em Istambul e Madri. "Os dois primeiros torneios no saibro ainda foram um pouco difíceis. Mas parece que aqui as coisas realmente começaram a se encaixar".
"Tive muitas dificuldades no início da temporada. Não conseguia encontrar o meu jogo de um dia para o outro. Sentia que não estava melhorando e não me sentia mais confortável em quadra. É uma sensação ruim, devo dizer. Depois da minha derrota em Miami, tive que repensar minha situação, porque não estava jogando da maneira que queria e comecei a pensar em quem poderia me treinar", explica a experiente tenista de 30 anos, que anteriormente treinava com Sandra Zaniewska.
"Eu queria que alguém que fosse uma ex-jogadora, alguém que lutasse, que fosse positiva, e que talvez até jogasse com um estilo parecido com o meu, que pudesse entender meu jogo muito bem", comenta a croata, que também destaca a importância de Schiavone no aspecto mental do jogo. "Ela realmente acredita em mim como jogadora, e acredita que posso ser ainda melhor do que sou agora. Comecei a sentir melhor o meu jogo e isso é uma ótima notícia. E ela sempre diz: 'Você saca muito bem, você faz isso muito bem, acredite nisso, confie no seu jogo'. Essas coisas realmente significam muito para mim".
BIGGEST semifinal of her career 🙌
— wta (@WTA) May 14, 2021
🇭🇷 Petra Martic is into the last four in Rome with a 7-5, 6-4 victory over Pegula!#IBI21 pic.twitter.com/2iYMAdjCuc
Schiavone confia no potencial da croata
Schiavone, de 40 anos, encerrou sua carreira como jogadora profissional em 2018 e chegou a ter uma breve experiência como treinadora ao lado da dinamarquesa Caroline Wozniacki, na temporada de saibro do ano seguinte. "Sinto que pronta para este novo desafio de dividir a minha experiência nas quadras de tênis", disse Schiavone ao site do torneio.
"Conheço a Petra há muito tempo, até porque pude jogar contra ela algumas vezes. Vejo muitas possibilidades de melhora caso ela trabalhe todo o potencial de seu jogo. Isso me estimula muito para recomeçar esse caminho, porque sei que há muito que pode ser desenvolvido e levado adiante ”.