Nova York (EUA) - Após uma recente decisão do US Open de eliminar todos os juízes de linha neste ano, adotando a marcação eletrônica em todas as quadras, o sueco Mats Wilander expressou sua preocupação de que a mudança esteja tirando alguma personalidade do esporte e defendeu a manutenção do esquema atual, com juízes de linha e desafios eletrônicos.
“Antes, com as três possibilidades, era uma questão importante para o tenista saber quando usar o desafio. Isso fazia o jogador pensar ainda mais. Agora temos chamadas de linha eletrônicas e acho que isso apenas tira um pouco da personalidade do que está acontecendo em quadra”, comentou o ex-número 1 do mundo em entrevista à agência de notícias Reuters.
“Parecem que querem transformar o tênis em um esporte eletrônico. Não somos assim, somos um esporte em que você se movimenta e no qual existe o contato humano”, acrescentou Wilander, se opondo à implementação da marcação eletrônica.
Além do US Open, a marcação eletrônica também será usada em todos os torneios preparativos para o Grand Slam norte-americano, que incluem o ATP 250 de Atlanta e Winston-Salem, no ATP 500 de Washington e nos Masters 1000 de Toronto e Cincinnati. O mesmo acontecerá com os eventos da WTA antes de Flushing Meadows.