Paris (França) - A liderança do ranking da WTA está em jogo durante Roland Garros. A atual número 1 do mundo Ashleigh Barty tem a missão de defender integralmente os 2 mil pontos conquistados na edição de 2019 do Grand Slam francês, e por isso corre o risco de ser ultrapassada pela segunda colocada Naomi Osaka. Barty já tem garantidas 79 semanas no topo do ranking, sendo 72 consecutivas. Ela e Osaka já se revezaram na liderança há dois anos.
Para ter chances de retomar o número 1, Osaka precisa ao menos chegar à final de Roland Garros. A japonesa de 23 anos jamais passou da terceira rodada do Grand Slam francês e não disputou a edição passada do torneio. Mas Barty pode já assegurar a permanência na liderança do ranking se for semifinalista, independentemente do resultado que Osaka tiver em Paris.
Durante a entrevista coletiva prévia ao torneio, Barty comentou que a disputa pela liderança do ranking não é uma prioridade para ela, reiterando o que já havia dito em outras ocasiões. "O ranking não está no topo da minha lista de metas. Não penso muito nisso, porque muitas vezes está fora do meu controle. Tudo que eu posso fazer é tentar jogar o melhor que posso em cada torneio. Mas o ranking não me incomoda. Não é algo em que me concentro".
Líderes do ranking treinaram juntas em Paris
Quiet, please. Two queens playing chess 🤫
— Roland-Garros (@rolandgarros) May 26, 2021
No. 1 @ashbarty vs. No. 2 @naomiosaka #RolandGarros pic.twitter.com/8OMBkgjhTT
Barty e Osaka chegaram a treinar juntas ao longo da semana em Paris e a australiana diz que isso é algo normal para ela. "Já joguei contra a Naomi algumas vezes, foram três ou quatro jogos, eu acho. E sim, nós treinamos juntas. Estávamos apenas fazendo as nossas preparações como normalmente faríamos. Sei que vocês [repórteres] gostaram, mas não há nenhuma grande história por trás disso. Eu simplesmente gosto de treinar com um monte de jogadoras diferentes e aconteceu que Naomi e eu estávamos treinando juntas alguns dias atrás".
Decisão de Osaka de não dar entrevistas
A jogadora de 25 anos também foi perguntada sobre a decisão da rival de não participar das entrevistas coletivas durante Roland Garros. "Na minha opinião, falar com imprensa faz parte do trabalho. Nós sabemos disso quando nos tornamos jogadoras de tênis profissionais. Eu realmente não posso comentar sobre o que Naomi está sentindo ou as decisões que ela toma".
"Às vezes, as entrevistas são difíceis, mas também não é algo que me incomoda. Eu nunca tive problemas respondendo às perguntas ou sendo completamente honesta com vocês. Então eu tento deixar o clima mais leve e me divertir um pouco com vocês", comenta a atual líder do ranking. "Para mim é um pouco diferente, mas não posso comentar sobre o que ela está passando. Então suponho devam perguntar isso para ela na próxima vez que conversarem com ela".
Australiana está livre de problemas físicos
Barty estreia contra a norte-americana Bernarda Pera, 70ª do ranking, em confronto inédito no circuito. Será o primeiro jogo da australiana desde a desistência nas quartas de final do WTA 1000 de Roma por lesão no braço direito. "Estou me sentindo bem e pronta para jogar. Acho que foi uma decisão importante, já que eu pude chegar a este torneio 100% fisicamente. E, sim, eu me sinto ótima. Sinto que fomos capazes de treinar bem e controlar o que precisamos fazer nos últimos dez dias. Agora, estamos ansiosas para começar o torneio em alguns dias".