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Collins celebra 1ª vitória depois de tratar endometriose
30/05/2021 às 18h43

Depois de passar por cirurgia, ela agora ajuda outras mulheres que sofrem da doença

Foto: Divulgação

Paris (França) - O domingo foi especial para a norte-americana Danielle Collins, que retornou ao circuito depois de ser diagnosticada com endometriose e passar por cirurgia no início de abril. A jogadora de 27 anos e número 50 do ranking voltou às quadras em Roland Garros e conseguiu uma boa vitória contra a chinesa vinda do quali Xiyu Wang, canhota de 20 anos e 145ª colocada, com parciais de 6/2, 4/6 e 6/4.

"Acho que entrei nesse torneio logo após a cirurgia um pouco diferente e com outros objetivos e expectativas. E então a minha mentalidade em quadra hoje foi diferente, e algo que eu não havia sentido ainda como tenista profissional", disse Collins, que chegou às quartas de final da edição passada do torneio. Sua próxima adversária é a ucraniana Anhelina Kalinina, algoz de Angelique Kerber na rodada de estreia.

"Acho que antes de ir para a quadra hoje, eu só pensava que tinha que dar o meu melhor, saber dos meus pontos fortes e estar ciente das coisas que poderiam não sair tão bem em determinados momentos", avaliou a tenista norte-americana, que já venceu a número 1 do mundo Ashleigh Barty este ano.

"Fiquei muito satisfeita com a forma como me senti na quadra. Fiquei muito bem o jogo inteiro. Eu também estava um pouco nervosa no início, por ser a minha primeira partida desde a cirurgia. Ainda acho que às vezes eu estava um pouco hesitante, mas conforme o jogo seguia me tornei mais confiante fisicamente. E então sim, foi realmente um jogo gratificante".

Collins tem apoiado outras mulheres no tratamento

 
 
 
 
 
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A endometriose é uma reação inflamatória que acontece quando algumas células do endométrio, camada interna do útero, se alojam fora da cavidade uterina em locais como os ovários ou a cavidade abdominal da mulher. Entre os principais sintomas estão as cólicas agudas, que chegavam a impedi-la de ter uma rotina normal de treinamento. A doença também dificulta a possibilidade de engravidar. Collins explicou na entrevista coletiva que tem trocado experiências e ajudado outras mulheres que tratam da doença.

"Muitas mulheres diferentes me procuraram. Amigas, familiares e também pessoas que eu nem conheço, mas que foram afetados pela endometriose. Tem sido bom ter esse senso de comunidade, porque eu acho quando você está vivendo com esse tipo de coisa, às vezes pode ser muito solitário, porque você se sente sozinha lutando contra esses problemas", comentou a norte-americana.

"Então, se eu puder ser uma amiga de alguém e compartilhar minha experiência, espero poder oferecer a elas algum conhecimento ou informação que talvez elas não soubessem antes. Tive a sorte de ter uma amiga na minha vida que tinha endometriose e isso me ajudou a identificar com o que eu precisaria lidar. Acho que só poder falar sobre isso com outras mulheres é empoderador".

Keys vence em três sets e encara jovem promessa

A norte-americana Madison Keys iniciou a busca por mais uma boa campanha em Roland Garros. Depois de ser semifinalista em 2018 e de chegar às quartas na temporada seguinte, ela estreou em Paris vencendo a francesa Oceane Dodin por 6/3, 3/6 e 6/1. Keys, de 26 anos e 24ª do ranking, agora enfrenta a promessa canadense de 18 anos Leylah Fernandez, 69ª colocada, que bateu a russa Anastasia Potapova por 6/2 e 6/1.

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