Notícias | Dia a dia | Roland Garros
Incômodo no quadril preocupa Barty em Paris
02/06/2021 às 14h05

Barty reconhece que não está 100% fisicamente, mas confia na sua equipe

Foto: FFT
Mário Sérgio Cruz

Paris (França) - Apesar da vitória em sua primeira partida em Roland Garros, Ashleigh Barty tem uma preocupação para a sequência do torneio. A número 1 do mundo e campeã de 2019 revela ter sentido um incômodo no quadril ainda durante a semana de treinos e que isso comprometeu um pouco o seu desempenho na estreia diante da norte-americana Bernarda Pera. Barty reconhece que não está 100% fisicamente, mas garante que não lhe falta motivação e espírito de luta e diz que confia plenamente em todos os membros de sua equipe.

"Vai ser um pouco difícil esta semana. Acho que no fim de semana eu senti um incômodo no lado esquerdo do quadril, e obviamente eu precisava de um pouco de ajuda durante o jogo, precisava de alguma assistência para tentar tratá-lo da melhor maneira possível. Mas acho que fui capaz de lutar e de dar a mim mesma a chance de jogar novamente na próxima rodada", disse Barty, depois da vitória por 6/4, 3/6 e 6/2 sobre Pera, 70ª do ranking, na primeira rodada de Roland Garros.

"Estou fazendo o melhor que posso. Isso é tudo o que posso dizer. Confio 100% na minha equipe. Eles conhecem meu corpo excepcionalmente bem, e sabemos como vamos administrar durante esta semana. Nós sabemos o que estamos fazendo e estamos confiantes de que posso ficar em forma a ponto de ser capaz de competir", acrescentou a líder do ranking, que agora enfrenta a polonesa Magda Linette na próxima fase do Grand Slam francês. O jogo acontece às 7h (de Brasília) desta quinta-feira

"Você nunca sabe o que pode acontecer, mas tenho que ter a atitude certa e jogar o melhor que eu puder. Acho que cada partida que eu jogo tem uma experiência diferente, seja uma adversária em quadra ou um desafio físico", explica a australiana de 25 anos. "Sinto que eu preciso aprender a superar esses desafios. Isso foi uma coisa importante hoje. Sei que eu posso não estar 100%, mas com certeza eu estou bem o suficiente para ir até lá, lutar, fazer o melhor que posso, e assim me dar a chance de vencer as partidas. Não vou me esconder atrás do fato de que não estou 100%. Acho que essa vai ser uma semana difícil, mas estou animada por estar aqui e ter outra oportunidade de jogar um Grand Slam".

Ainda sobre a relação com sua equipe, Barty foi perguntada por TenisBrasil sobre como seu técnico, Craig Tyzzer, está lidando com a maratona de jogos e viagens adotada pela tenista nesta temporada. Por conta das restrições em vigor na Austrália para o controle da pandemia, Barty só pretende voltar ao país depois do US Open ou ainda só no fim da temporada. Ela não estabeleceu uma base para treinar na Europa e adotou um calendário bastante robusto no circuito.

"Sim, é difícil para nós dois. Tenho muito apreço e gratidão pelo 'Tyz' e por tudo o que está fazendo por mim. Eu não seria a metade da tenista que sou sem a orientação, o apoio e a confiança dele. A nossa jornada tem sido notável e não há mais ninguém com quem eu preferisse passar por essa experiência. Temos alguns dias difíceis, como todo mundo. E obviamente, existem momentos em que ambos estamos com saudades de casa, mas podemos conversar com nossas famílias regularmente. Nós temos uma linha de comunicação muito aberta e estamos aguentando firme no momento. Estamos todos bem. Podemos fazer o que nós amamos, além de competir e lutar. É por isso que estamos aqui, para aproveitar essa parte do tênis e tirar o melhor proveito da situação em que estamos".

Comentários