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Wilander: 'Federer evitou derrota contra Djokovic'
09/06/2021 às 11h27

Paris (França) - A participação de Roger Federer em Roland Garros, desistindo do torneio depois de se classificar para as oitavas de final, foi analisada pelo sueco Mats Wilander, ex-tenista profissional e comentarista do canal Eurosport. Ele viu com bons olhos o desempenho do suíço e acredita que sua saída se deu para evitar uma derrota que pudesse abalar a confiança antes da grama.

“Acho que tomou uma boa decisão, embora penso que teria opções contra (Matteo) Berrettini. Mas se vencesse então poderia ter enfrentado (Novak) Djokovic e assim também evitou que sérvio o tivesse derrotado de forma retumbante antes de Wimbledon. Ele não queria isso”, comentou o ex-número 1 do mundo e dono de sete títulos de Grand Slam,

Wilander destacou também a importância de Federer jogar Roland Garros para pegar ritmo. “Ele jogou poucos jogos, mas eu o vi sacar incrivelmente bem, especialmente na partida contra Cilic e na primeira rodada. Ele precisa de seu saque, talvez não tanto em Paris, mas em Wimbledon. Em termos de movimento e no que faz com a bola tem sido impressionante”, analisou.

“Se eu tivesse que dizer uma coisa que me impressionou é que ele conseguiu jogar até meia-noite, sem plateia na arquibancada em frente a um adversário duro, que jogou muito bem e que é canhoto; isso nunca é fácil e Roger Federer não deu pontos grátis no saque”, comentou o sueco, enaltecendo a vontade de Roger seguir competindo.

“Ele sabia que, jogando aquele jogo longo, havia a possibilidade de não se recuperar no dia seguinte, mas precisava vencer para sua confiança. Estar lá à meia-noite, numa noite fria, com uma quadra pesada, mostrou o que Federer tem lá dentro. Ainda tem aquele fogo dentro dele”, acrescentou Wilander.

O sueco avaliou como positiva a participação de Federer em Paris, principalmente já pensando em Wimbledon. “As pessoas precisam lembrar que não existem muitos especialistas na grama. Existem bons jogadores que não têm ideia de como jogar nessa superfície, penso em 5 ou 6 que poderiam colocá-lo em apuros, mas Roger é um especialista. Em Roland Garros haveria 40 jogadores que poderiam machucá-lo, mas em Wimbledon não vejo tantos”, finalizou.

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