São Paulo (SP) - Thomaz Bellucci sofreu mais uma incrível derrota no ginásio do Ibirapuera e em sua carreira. Mesmo com o terceiro set dominado, torcida a favor e um match-point, ele foi eliminado ainda na primeira rodada do Brasil Open, ao cair diante do também canhoto eslovaco Martin Klizan, 38º do mundo. O jogo de 2h35 teve as parciais de 5/7, 6/3 e 7/5.
Bellucci impediu assim que acontecesse um duelo nacional nas oitavas de final de quinta-feira. Agora, será Klizan o adversário de João Souza, o Feijão, único brasileiro sobrevivente da primeira rodada. Ao mesmo tempo, ele deverá sofrer queda no ranking nas próximas semanas, já que defendia as semifinais em São Paulo (o calendário está modificado em relação a 2014). Curiosamente, Bellucci perdeu para o argentino Federico Delbonis na última edição do torneio em condições semelhantes.
Com Bellucci e Klizan sacando muito bem a maior parte do tempo, o primeiro set foi equilibrado até mesmo nos duelos de fundo de quadra, em que os dois jogadores abusaram da força, das bolas anguladas e tentaram sempre se impor. Bellucci foi quem teve pequenas oportunidades, conseguindo 0-30 por duas vezes, com um game mais duro no 4/4.
Até que vieram os break-points num longo 11º game. O primeiro Klizan salvou com coragem, o outro com habilidade, mas no terceiro Bellucci se esforçou ao máximo, buscou curta e lob, e o ginásio vibrou. Para fechar, emoção. Cometeu erros que deram 15-40, disparou três grandes saques e fechou a série após 51 minutos.
O segundo set seguiu o roteiro. Embora tenham cometido um ou outro vacilo, permitindo uma vantagem aqui e ali, os serviços continuaram muito superiores às devoluções. Bellucci então jogou seu pior game da noite. A bola encurtou, Klizan disparou seu excelente forehand e fez 5/3. Ansioso, permitiu 15-40, mas se recuperou com quatro pontos consecutivos e levou ao set decisivo.
Após atendimento do fisioterapeuta e um alongamento, Bellucci voltou mais animado, conseguiu logo uma quebra e liderou com mais tranquilidade o terceiro set, mostrando-se mais paciente e consistente do que o eslovaco. Mas não seria, claro, sem emoção. Com 5/3, salvou quebras, perdeu um match-point e entregou o serviço. Daí em diante, o jogo acabou e Klizan dominou as jogadas diante de um Bellucci sem forças de reação.
