Londres (Inglaterra) - Recuperada da lesão no quadril que a tirou ainda na segunda rodada de Roland Garros, a número 1 do mundo Ashleigh Barty se diz pronta para encarar Wimbledon e decidiu fazer homenagem aos 50 anos do primeiro título de Evonne Goolagong. Assim, entrará em quadra com idêntico uniforme da compatriota.
"Precisei de um tempo para digerir a saída de Roland Garros, entender a lesão e iniciar a reabilitação. Fizemos tudo para chegar a Wimbledon", explicou ela na entrevista oficial de sábado. "Me sinto agora em forma, pronta para jogar. Sei que não disputei torneios preparatórios, mas não é algo que me preocupe. Fiz de tudo para estar aqui".
Barty abrirá a rodada de terça-feira na Quadra Central e considera isso uma honra. "Será algo incrivelmente especial, uma oportunidade que poucas pessoas podem experimentar. Infelizmente, seria o direito de Simona (Halep) como atual campeã, mas ela não poderá competir. Será um momento muito especial, estou ansiosa. Só estar novamente em Wimbledon é algo emocionante", afirmou, referindo-se ao cancelamento do torneio em 2020.
Sua adversária de estreia será a espanhola Carla Suárez, que marcou sua volta ao circuito em Roland Garros após se recuperar de um câncer linfático. "Quando ela retornou, houve uma sensação de entusiasmo por parte de todas as jogadoras. Será ainda mais especial estar na Central com ela e espero que façamos uma grande partida".
Apesar de seu estilo tão versátil, a líder do ranking vê a grama como um grande desafio. "Jogamos muito na quadra dura ao longo do ano, mas gosto demais da grama, da dificuldade e da tradição. Desde pequena, sempre me encantei com as quadras de grama, da velocidade do jogo. Erguer um troféu aqui seria um sonho".