Roma (Itália) - A Federação Italiana de tênis suspendeu preventivamente os profissionais Daniele Bracciali e Potito Starace por 40 dias sob a acusação de que os dois teriam acertado resultados de jogos. Os italianos foram foco de investigação através de escuta telefônica e rastreamento de mensagens eletrônicas pela Internet. O caso está sendo investigado pela polícia de Cremona, que também analisa caso semelhante com partidas de futebol.
O caso com Bracciali teria acontecido em julho de 2007, quando ele um contador, preso em 2011, discutiam forjar o resultado de uma partida entre o italiano e o norte-americano Scoville Jenkins no ATP de Newport. Jenkins venceu facilmente por 6/2 e 6/1. Já Starace é acusado de ter negociado o resultado da final do ATP de Casablaca, em 2011, em que ele perdeu para o espanhol Pablo Andujar, por 6/1 e 6/2. A revelação teria sido de um proprietário de site de apostas, também preso.
A federação italiana justificou a suspensão preventiva por acreditar que os jogadores podem estar envolvidos em "comportamento ilícito". Bracciali hoje é melhor tenista de duplas, ocupando o 72º posto do ranking. Starace não disputa torneios desde setembro e está no 170º lugar de simples.
Roberto Di Martino, promotor do caso em Cremona, afirmou em novembro à agência Associated Press que Bracciali havia admitido parcialmente sua culpa, mas que Starace se diz inocente.
Não é a primeira vez que os dois tenistas são acusados de se envolver com apostas. Entre 2007 e 2008, os dois mais os também italianos Alessio di Mauro, Giorgio Galimberti e Federico Luzzi foram suspensos pela ATP pelo periodo de seis semanas a nove meses devido ao acerto de resultados.
Três tenista já foram banidos definitivamente do esporte por venda de resultados: o austríaco Daniel Koellerer, em 2011; o sérvio David Savic, em 2012; e o russo Andrey Kumantsov no ano passado.
