São Paulo (SP) - Foi uma noite dos sonhos para João Souza. Ao obter a maior vitória individual de sua carreira em cima do número 38 do ranking, Feijão somou pela primeira vez duas vitórias seguidas na chave principal do Brasil Open. A virada de 3/6, 6/3 e 6/2 foi em cima do canhoto eslovaco Martin Klizan, o mesmo que havia tirado Thomaz Bellucci.
Seu adversário desta sexta-feira será o argentino Leonardo Mayer, cabeça 4 e atual 30º da classificação internacional. O jogo será uma interessante prévia do duelo da Copa Davis que acontece dentro de quatro semanas, em Buenos Aires, já que Mayer é o principal nome argentino e Feijão será convocado para ser o segundo tenista brasileiro de simples.
Souza não esteve confiante no serviço na maior parte do primeiro set e isso deu uma quebra prematura ao adversário, que abriu 3/1. Klizan teve problemas para fazer 4/1 e o brasileiro se salvou por cinco vezes no sexto game, desta vez contando com o primeiro saque. Mas não pode fazer muita coisa para reverter a desvantagem e perdeu a série após 41 minutos.
Boa parte da já pequena torcida deixou o Ibirapuera e náo viu a boa reação de Souza. Ele fez 2/0 contando com erros do eslovaco, permitiu a reação mas imediatamente obteve nova vantagem e chegou a 4/1, agora bem mais preciso com seu forehand. Mais importante ainda, manteve a cabeça fria para fazer 5/2 e fechar com um ace no nono game.
O terceiro set começou com o eslovaco no saque. Jogou mal, perdeu o serviço e a partir daí Feijão ficou ainda mais confiante. Jamais correu risco de perder o saque e viu o adversário perder totalmente a compostura, ao provocar a torcida na metade do sexto game. Isso só serviu para animar ainda mais o público, que incentivou até o brasileiro fechar com seu potente saque, após 2h06 de batalha.
Com os 45 pontos somados até agora, Feijão se aproxima novamente da faixa dos top 100 do ranking, garantindo pelo menos seis postos e a 104ª posição. Ele atingiu também sua 21ª vitória em 51 partidas de primeira linha e tenta repetir as semifinais que obteve em Santiago (2010) e Kitzbuhel (2011).
