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Barty: 'Pude jogar melhor quando mais precisava'
05/07/2021 às 19h19

Duelo entre Barty e Krejcikova reuniu as duas melhores jogadoras da temporada

Foto: AELTC

Londres (Inglaterra) - Depois de superar um bom teste nas oitavas de final de Wimbledon, Ashleigh Barty acredita que o segredo para vencer a tcheca Barbora Krejcikova, atual campeã de Roland Garros, foi ter jogado melhor nos momentos decisivos. A dificuldade do jogo nesta fase é bastante justificada, não apenas pela recente conquista da tcheca em Paris, mas pelo fato de as jogadoras ocuparem atualmente as duas primeiras posições na corrida para o WTA Finals, sendo atualmente as melhores da temporada.

"Foi uma partida difícil. Barbora teve um ano incrível. Estou muito feliz por ter conseguido vencer. Fiz algumas coisas muito boas quando mais precisava, o que é ótimo", disse Barty, após a vitória por 7/5 e 6/3 sobre Krejcikova nesta segunda-feira em Londres. "Adoro me testar contra as melhores do mundo e certamente não há nenhum lugar onde eu preferisse estar no momento".

A australiana destacou um momento decisivo do primeiro set, em que ela estava perdendo por 4/2 e ainda teve que salvar um break-point. Barty conseguiu confirmar o serviço em um game muito longo, e logo depois devolveu a quebra para empatar o placar. "Aquele game do 4/2 no primeiro set foi muito importante porque eu enfrentei um ou dois break-points e consegui jogar um pouco mais agressiva e também mais assertiva. Isso foi uma pequena mudança".

"Provavelmente nos primeiros 15 ou 20 minutos, eu senti como algumas dificuldades em quadra. Eu não era capaz de me dar a chance de entrar nos games, pura e simplesmente", explica a jogadora de 25 anos. "A partir do momento em que consegui fazer isso, e devolvi a quebra no 4/3, pude nivelar as coisas e fazer um bom jogo. Novamente, eu me dei uma chance e ganhei tempo para me acomodar na partida e comecei a me sentir super livre e confortável".

Chegar às quartas de final em Wimbledon é inédito na carreira da atual número 1 do mundo, que já foi campeã de Roland Garros e semifinalista na Austrália no ano passado. "No sentido de estar nas quartas de final, estou muito feliz. É mais um passo para mim. É outra estreia, eu suponho. Um novo cenário. Vou aproveitar, não importa o que aconteça. Acho que é um trampolim para um dos meus maiores sonhos".

Adversária da também australiana Ajla Tomljanovic, que faz sua melhor campanha em Grand Slam aos 28 anos, Barty fez questão de destacar o ótimo momento de sua compatriota. "É incrível para Ajla. Ela está batendo na porta há muito tempo. É tão bom poder ver seu progresso para uma segunda semana de um Grand Slam. Acho que já fazia alguns anos desde que ela fez isso pela última vez", disse sobre Tomljanovic, que fez oitavas de Roland Garros em 2014. "Mas ela é uma garota brilhante. Acho que ela jogou um tênis excepcional, pelo que ouvi nessa semana. Estou absolutamente extasiada por ela e por nós, australianos. É muito legal".

Por sua vez, Krejcikova perdeu uma invencibilidade de 15 jogos no circuito. A série começou pelo WTA de Estrasburgo e seguiu com o título em Paris e as oitavas em Londres. "Se alguém me dissesse antes do torneio que eu estaria nas oitavas, eu simplesmente aceitaria", disse a atual 17ª do ranking, que disputou a chave de simples em Londres pela primeira vez, já aos 25 anos. A tcheca também enalteceu a grande partida de Barty.

"Ash é uma jogadora incrível. Eu a conheço há muito tempo e gosto de observá-la porque ela me dá muita motivação e inspiração para trabalhar duro. Podemos ver que ela merece estar aqui e ser a número 1. Ela merece tudo o que está conquistando. Além disso, Ash é uma pessoa muito boa, então a derrota não dói tanto, porque ela apenas foi melhor do que eu hoje".

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