Londres (Inglaterra) - A uma vitória de conquistar seu 20º título de Grand Slam e igualar o recorde de troféus em torneios deste porte, Novak Djokovic aposta na experiência para tentar vencer a final de Wimbledon no próximo domingo. Cinco vezes campeão em Londres, o veterano de 34 anos e número 1 do mundo está em sua 30ª final de Slam e será desafiado pelo italiano Matteo Berrettini, nono colocado do ranking e que disputará sua primeira decisão em torneios deste porte.
"É por isso que estou aqui. É por isso que estou jogando. Eu me imaginei em posição de lutar por outro troféu de Grand Slam antes de vir para Londres, e me coloquei em uma posição muito boa. Tudo é possível em uma final. Obviamente, a experiência está do meu lado. Mas o Berrettini vem ganhando muitas partidas em quadras de grama este ano e venceu o ATP de Queen's", disse Djokovic, que venceu os dois duelos anteriores contra Berrettini no circuito.
"Ele está em ótima forma, está sacando muito e jogando bem. Então, vai ser uma partida muito difícil para nós dois e estou bastante ansioso. A final é realmente um jogo que pode ir para qualquer lado. Ele é indiscutivelmente o cara que tem estado na melhor forma em quadras de grama este ano, está voando. Vai ser uma grande batalha", acrescenta o líder do ranking, ao destacar a invencibilidade de 11 jogos do rival na grama em 2021.
#Wimbledon title No.6 is in reach.
— Wimbledon (@Wimbledon) July 9, 2021
Defending champion @DjokerNole is into his seventh final at The Championships with a straight sets victory over Denis Shapovalov pic.twitter.com/QpyX7Ho0eZ
A respeito da difícil vitória sobre Shapovalov por 7/6 (7-3), 7/5 e 7/5, Djokovic comentou sobre o que faz dele um jogador tão forte mentalmente nos momentos decisivos. "Eu não acho que alguém possa nascer com isso. Acho que vem com o tempo, com a experiência, com trabalho mental e físico, obviamente".
"Quanto mais partidas você joga e quanto mais vezes você está em situações semelhantes, mais confiante ou mais confortável você se sente para enfrentar essas circunstâncias, onde você está enfrentando um break-point nas fases finais de um Grand Slam. Acho que essa experiência definitivamente me favorece todas as vezes. Sei que já passei por tudo que poderia passar como jogador de tênis. Conheço meus pontos fortes e sei do que sou capaz", explica o sérvio.
Novak has ninja reflexes. 🥷
— Wimbledon (@Wimbledon) July 9, 2021
Pass it on.#Wimbledon | @DjokerNole pic.twitter.com/CygeLjJQIR
"Hoje o Denis foi o melhor jogador nos primeiros sets. Mas nos momentos importantes, provavelmente controlei melhor os nervos. Mas é difícil jogar com ele, especialmente na grama e em superfícies mais rápidas, com o saque de canhoto que ele tem. Ele pode acertar em qualquer lugar. Quando ele está jogando bem e encaixando aquele saque, é uma arma em qualquer superfície contra qualquer um".
“Ele amadureceu como jogador. Ele sempre foi muito agressivo, tentando fazer winners, chegar à rede, ditar o jogo do fundo da quadra. Mas agora ele está um pouco mais paciente em seu jogo. Ele está entendendo como construir o ponto", complementou a respeito do jovem rival de 22 anos e número 12 do ranking.
Torcida contra não é problema para o sérvio
Quer tenha ou não o apoio da torcida, Djokovic não muda o foco. Se vencer, irá igualar o número de títulos de Grand Slam de seus principais rivais, Roger Federer e Rafael Nadal. "Todo jogador, quando está em grande palco, espera ter a maioria da torcida com ele. Isso faz uma grande diferença. O Berrettini está pela primeira vez em uma final de Grand Slam, ele é um tipo de azarão lá. As pessoas também gostam de ver alguém novo ganhar ou talvez alguém que não seja favorito".
"Mas espero que as pessoas também reconheçam a importância desta partida para mim, a história que está em jogo. Estou preparado para qualquer coisa que realmente aconteça em termos de apoio do público no domingo. Tive muitas experiências diferentes ao longo da minha carreira. Só preciso me concentrar em mim mesmo e no que preciso fazer".