Londres (Inglaterra) - A derrota na final de Wimbledon adiou o sonho de Karolina Pliskova conquistar seu primeiro título de Grand Slam. Superada pela número 1 do mundo Ashleigh Barty neste sábado, a experiente tcheca de 29 anos garante que não vai desistir de seu sonho de vencer um torneio deste porte. Esta foi apenas sua segunda final de Slam, repetindo o vice-campeonato do US Open de 2016. Além disso, ela sente que pode rever sua relação com as quadras de grama do All England Club.
"Na verdade, saio com sentimentos contraditórios", disse Pliskova após a derrota por 6/3, 6/7 (4-7) e 6/3 para Barty neste sábado em Londres. "É claro que meu sonho sempre será ganhar um Grand Slam. Estou tentando fazer isso desde que comecei a jogar tênis. Já atingi alguns objetivos que sempre quis, então essa será a minha meta agora".
"Não é que eu não gostasse de Wimbledon, mas nunca foi meu lugar favorito. Nunca joguei bem aqui. Nunca me senti tão bem aqui. Mas desta vez acho que mudou um pouco meu sentimento sobre este torneio e sobre as pessoas. Acho que a atmosfera na Quadra estava simplesmente incrível hoje e também nas outras partidas que joguei nos últimos dois ou três dias", explica a tcheca, que nunca havia passado das oitavas de final em Londres antes da ótima campanha deste ano.
"Só vou tentar voltar mais forte. Claro que haverá as próximas chances. Acho que muitas delas e não vou desistir. Agora tenho mais confiança, mais fé, mais de tudo para ir bem nos próximos torneios do Grand Slam. Espero que tudo esteja um pouco melhor agora e vamos ver o que vai acontecer no US Open. Ainda há uma chance. Já joguei uma final lá, então não é impossível", comentou a ex-líder do ranking. Ela iniciou o torneio no 13º lugar do ranking e voltará à sétima posição com o vice-campeonato.
Pliskova não teve um bom início de partida e perdeu os primeiros 14 pontos disputados, permitindo que Barty abrisse 4/0 no placar. Até por isso, a tcheca destaca o poder de reação, por ter forçado o terceiro set. "Não foi um começo ideal para uma final, é claro. Mas eu tenho que dar muito crédito para ela. Uma coisa é que talvez eu não tenha começado bem, mas acho que ela realmente tornou tudo muito difícil para mim".
Eu não conseguia me sentir confortável na quadra. O começo foi horrível", explica a vencedora de 16 títulos da WTA. "Mas é por isso que estou mais orgulhosa da maneira como encontrei um caminho de volta naquela partida. Acho que acabei encontrando uma maneira de jogar, mesmo sem me sentir tão bem na quadra hoje. Mas acho que isso é apenas por causa do jogo dela".
Chorar em quadra não estava nos planos
Durante a cerimônia de premiação, a tcheca se emocionou em quadra e foi às lágrimas. "Eu aproveitei cada minuto para jogar nesta quadra. Eu nunca choro, nunca. Ash jogou um torneio incrível, então meus parabéns a ela e sua equipe. Quero também agradecer a todos da minha equipe. Sem eles eu não estaria aqui. Não importa qual troféu, tivemos duas semanas incríveis aqui".
Já na entrevista coletiva, a jogadora de 29 anos disse que chorar em quadra não estava no script. "Não era o plano chorar porque, tipo, eu não quero chorar na quadra. Não gosto. Tudo bem chorar no vestiário, mas não na quadra. Mas hoje eu não consegui. As pessoas me aplaudiram muito e senti muitas emoções. Claro, eu não tenho muitas experiência em finais de Grand Slam, então é claro que alguns nervos estavam lá, mas acho que me saí muito bem".