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Tênis olímpico em Tóquio terá três mães em quadra
20/07/2021 às 16h57

A russa Elena Vesnina, ouro nas duplas em 2016, está de volta ao circuito e busca sua segunda medalha

Foto: Reprodução/Instagram
Mário Sérgio Cruz

Tóquio (Japão) - Apesar de todas as restrições em vigor nos Jogos Olímpicos de Tóquio, três jogadoras que já são mães estarão em quadra na busca por medalhas na capital japonesa. A australiana Samantha Stosur, a russa Elena Vesnina e a indiana Sania Mirza vão disputar o Torneio Olímpico de Tênis, que começa no próximo sábado e vai até o dia 1º de agosto. De volta ao circuito após períodos dedicados à família e maternidade, elas esperam inspirar outras mães dentro e fora das quadras.

Vesnina quer a segunda medalha
Aos 34 anos, Elena Vesnina vai em busca de sua segunda medalha olímpica. Ela conquistou o ouro nas duplas femininas no Rio de Janeiro, ao lado de Ekaterina Makarova. A experiente jogadora russa fará sua quarta participação nos Jogos. Além da disputa de simples, ela também jogará duplas, tendo como parceira Veronika Kudermetova.

 
 
 
 
 
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Vesnina foi número 1 de duplas em 2018 e chegou a 13º lugar no ranking de simples. Há três temporadas, fez uma pausa na carreira logo depois de Roland Garros. E sua filha, Elizabeth, nasceu em novembro do mesmo ano. O retorno às quadras aconteceria no início da temporada, e a russa já conseguiu disputar uma final de duplas mistas em Paris e de duplas femininas em Wimbledon. Atualmente, ocupa o 55º lugar no ranking de duplas.

"Se alguém me perguntasse quando eu tinha vinte e poucos anos se continuaria jogando depois de ser mãe, eu não acreditaria. E mesmo sendo quando a minha filha tinha um ano, eu ainda diria: 'De jeito nenhum'", disse Vesnina, em recente entrevista ao site da WTA. "Quando eu tinha 19 anos, honestamente, pensei que pararia de jogar tênis aos 24 ou 25. Eu me casaria e teria um filho então. Eu olhava para as jogadoras na casa dos trinta e pensava que elas estavam velhas. Então, quando eu já estava com 25, eu percebi que ainda poderia jogar por mais tempo".

Stosur vai para sua quinta Olimpíada
Samantha Stosur é uma veterana em Jogos Olímpicos, tendo participado de todas as edições desde 2004. A australiana de 37 anos busca uma medalha inédita e tem como melhor campanha as oitavas de final em simples no Rio de Janeiro. Stosur é mãe da pequena Genevieve desde junho do ano passado e reduziu bastante seu calendário, considerando também as restrições vigentes na Austrália. Tanto que ela ficou sem jogar entre fevereiro e junho deste ano.

 
 
 
 
 
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"Estou empolgada para ir a Tóquio! Não posso acreditar que é a minha quinta Olimpíada. Tenho tantas memórias incríveis de Olimpíadas anteriores, espero ter ainda mais agora", escreveu a australiana, em seu perfil no Instagram. Ela também deixou uma mensagem à filha, no dia do aniversário da bebê. "Acordar todas as manhãs com seu lindo rosto sorridente é simplesmente a melhor coisa do mundo. Mal posso esperar para te dar muito carinho quando te ver de novo".

A paralisação do circuito profissional no ano passado acabou permitindo a Stosur curtir a maternidade com um pouco mais de calma. E para que ela não ficasse tanto tempo sem jogar, todo o processo da gravidez foi feito em sua esposa, Liz. Stosur já foi número 4 do mundo em 2011, ano que foi campeã do US Open, e também já chegou a liderar o ranking de duplas. Atualmente, ocupa o 99ª posição entre as duplistas e o 186º lugar em simples. Nos Jogos de Tóquio, atuará na chave individual e também na dupla, ao lado de Ellen Perez.

Mirza tenta inspirar outras mães
A indiana Sania Mirza vai para sua terceira participação Olímpica, depois de ter atuado nos Jogos de Pequim em 2008 e de Londres em 2012. Ela está inscrita apenas para a chave de duplas em Tóquio, onde jogará ao lado de Ankita Raina.

 
 
 
 
 
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Mirza se tornou mãe do pequeno Izhaan no final de 2018, mas já não disputava nenhum torneio profissional desde outubro de 2017. No início do ano passado, entrou em alguns torneios e logo de cara foi campeã em Hobart, mas parou de novo de jogar após a suspensão do circuito pela pandemia da Covid-19. A indiana, que chegou a ser top 30 em simples e número 1 de duplas, retomou a rotina de competições no início deste ano, mas também tem atuado em poucos torneios.

"Você não precisa desistir dos seus sonhos porque tem um filho. Você ainda pode ir atrás deles", disse Mirza, ao site da WTA no início da temporada. "Você ainda pode encontrar maneiras de fazer isso, contanto que tenha um bom sistema de suporte ao seu redor. Acho que meu filho é uma motivação muito boa para mim. Espero que um dia ele se sinta orgulhoso de ver o que estou tentando fazer depois de ser mãe".

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