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Djokovic se diz muito motivado, mas quer cautela
23/07/2021 às 09h11

Tóquio (Japão) - A medalha olímpica é um velho sonho de Novak Djokovic e, depois de algum suspense, ele decidiu tentar novamente o pódio. Afinal, o vencedor dos três primeiros Grand Slam da temporada tem a chance de repetir o feito único da alemã Steffi Graf, que em 1988 conseguiu juntar o ouro olímpico a essa lista e por fim completou o chamado Golden Slam no US Open.

Na entrevista oficial, Djokovic garantiu estar no máximo de sua forma física e emocional. "Me sinto perfeito para a estreia, pronto para render meu melhor. Chego aqui com títulos nos três Grand Slam disputados e não poderia ter preparação melhor para estes Jogos. Espero viver um outro grande torneio".

Ele no entanto opta pela cautela quando se fala no sonho de enfim ganhar a medalha de ouro olímpica, o único grande título que falta à sua notável carreira. "Há um longo caminho até chegar a qualquer feito histórico", alerta o número 1. "Sei que estou em uma posição muito boa, mas é preciso precaução e cautela. Já houve momentos no passado em que distrações ao redor causaram impacto no meu jogo".

Candidato a repetir o feito incrível de Graf, o sérvio tenta manter os pés no chão. "Sei que há muitas coisas em jogo e me sinto privilegiado pela chance de fazer história. Trabalhei muito para chegar nesta condição, mas é melhor falar sobre história mais à frente, se tudo for bem por aqui.

Djokovic lembrou que foi treinado pelo marido de Graf, o também supercampeão Andre Agassi. "Tenho grande admiração e respeito por Steffi e tive a oportunidade de passar algum tempo com ela no período em que treinei com Agassi. Quando pensei no seu feito incrível - ganhar todos os Slam e também o ouro no mesmo ano -, nunca imaginei que alguém teria alguma chance de repetir. Isso parece cada vez mais real para mim agora e se tornou um objetivo e um sonho para mim".

O sérvio diz que foi justamente esse contexto histórico que tirou sua dúvida sobre disputar o torneio olímpico de Tóquio depois de conquistar Wimbledon há poucas semanas. "Foi um dilema por algum tempo, mas por fim decidi vir. E estou feliz por tomar essa decisão, porque há muitas coisas preciosas sobre estes Jogos Olímpicos".

Por fim, Djokovic reafirmou seu espírito olímpico e o prazer de estar no meio da nata dos atletas internacionais. "Ser parte de um time, representar meu país, é algo que me agrada demais, me motiva a dar o máximo de energia. Estarei sozinho na quadra, mas dá para sentir o espírito de equipe, o apoio dos companheiros e isso te leva a jogar no melhor nível possível".

A estreia do líder do ranking acontecerá por volta de 5h deste sábado contra o boliviano Hugo Dellien e há chance de enfrentar em seguida o cearense Thiago Monteiro. Nos Jogos de 2012 e 2016, foi um sul-americano, o argentino Juan Martin del Potro, que tirou de Nole a chance de medalha, primeiro na decisão do bronze de Londres e depois na estreia do Rio.

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