Londres (Inglaterra) - Aquele que é considerado um dos “Big 4”, em uma das fases mais grandiosas da história do tênis, Andy Murray tem vivido um misto de decepções e pequenas alegrias numa temporada em que poucas vezes conseguiu um forte ritmo competitivo.
Com grande esforço, ele entrou em Wimbledon e avançou duas rodadas antes de cair diante do jovem Denis Shapovalov e foi para o desafio olímpico de Tóquio, mas acabou obrigado a desistir da chave de simples e focar apenas nas duplas, onde parou nas quartas de final.
O desafio agora é jogar o US Open, torneio em que já obteve grande sucesso e onde sempre se torna um tenista requintado e um privilégio para todos que apreciam o tênis ao vivo.
Ouvir o corpo
Murray é o primeiro nome de fora da lista de 104 inscritos diretos no US Open e é muito provável que ganhe vaga na chave sem precisar de convite dos organizadores, já que são possíveis algumas desistências até lá.
"Não tenho certeza ainda do que vai acontecer, como irão evoluir as contusões que tenho sofrido", afirma ele, com cautela, depois que uma nova distensão muscular o tirou da chave de simples de Tóquio.
"A recuperação é que vai ditar isso. Não quero apressar nada, as coisas precisam acontecer no tempo certo, tenho de ouvir meu corpo", alerta.
Ele no entanto se mostra otimista. "Minha equipe acredita que eu estarei bem para disputar o US Open. Também estou otimista a julgar por meu desempenho em Tóquio. Claro que é fisicamente diferente jogar duplas, mas me saí bem nos momentos em que precisei de explosão muscular.
❤️ 🇬🇧 pic.twitter.com/1w7Nkrkn4N
— Andy Murray (@andy_murray) July 28, 2021
Frustração olímpica
Campeão de simples em Londres-2012 e no Rio de Janeiro-2016, Murray foi a Tóquio na tentativa de se tornar o primeiro tenista na história com quatro medalhas nos Jogos desde que o esporte foi reintroduzido no calendário olímpico, a partir de Seul, em 1988. O britânico também tem uma prata nas duplas mistas em Londres.
Ele desistiu das simples e optou por jogar apenas duplas ao lado de Joe Salisbury, mas os dois perderam um jogo duro para Marin Cilic e Ivan Dodig.
"Odeio perder", disparou ele à imprensa britânica. "Você sente arrependimentos, fica pensando nos pontos que você deveria ter jogado de forma diferente, esse tipo de coisa", argumenta o ex-número 1 do mundo
"Sempre gostei de jogar em equipe, amo integrar as Olimpíadas, é uma experiência única, mas não acredito que eu terei uma nova oportunidade".
Os próximos Jogos serão em Paris, em 2024, quando o escocês terá 37 anos.