São Paulo (SP) - Superado apenas no tiebreak do terceiro set na final do Brasil Open, o italiano Luca Vanni minimizou a pressão que sentiu nos momentos decisivos da partida e comemorou muito a boa semana no ATP paulista. Vanni chegou a sacar para o jogo com 5/4 no terceiro set, mas não conseguiu confirmar o serviço e acabou caindo com as apertadas parciais de 6/4, 3/6 e 7/6 (7-4) para o uruguaio Pablo Cuevas.
"Não queria pensar muito no placar", disse Vani ao recordar o décimo game do último set. "Saquei bem no primeiro ponto, mas depois ele passou a devolver de maneira muito sólida e assumi o risco, às vezes você se sai bem e as vezes não", acrescentou o italiano, que teve partidas difíceis durante toda a semana.
"Na segunda rodada e ontem (contra Thiemo De Bakker e João "Feijão Souza, na semifinal), eu estava com quebra atrás no terceiro set, contra o [Dusan] Lajovic, nas quartas, ganhei por 7/6 e 7/6 e hoje tinha uma quebra à frente e perdi. Mas estou muito satisfeito", comemorou o italiano que saltará do 149º para o 107º lugar.
Aos 29 anos e vivendo o melhor momento de sua carreira, o italiano de 1,98m acredita que foi favorecido pelas condições no Ginásio do Ibirapuera, piso de saibro, quadra coberta e altitude. A combinação de fatores, ajuda seu jogo baseado em um potente saque e um bom forehand do fundo de quadra.
"As condições me ajudaram muito. Consegui sacar a 200km/h e com o quique muito alto", avaliou o italiano. "Estou muito feliz por equilibrar um jogo com Cuevas, que amanhã estará entre os 30 melhores do mundo e talvez possa chegar ao top 15", complementou o veterano atleta que tem 16 títulos de nível future e ainda sonha em disputar seu primeiro Grand Slam.
"Não tenho muitos pontos a defender, então nesse momento entrar na chave principal de Roland Garros é meu objetivo principal", disse o italiano.
Mesmo após uma ótima campanha na capital paulista, Vanni não deverá ter vida fácil nos próximos dias. Ele já viaja para a França, onde disputa o ATP 250 de Marselha, também em quadras cobertas, mas com piso sintético. A estreia será contra o conterrâneo Simone Bolelli, podendo cruzar o caminho de Milos Raonic em caso de vitória.
"Conheco Simone, mas nunca o enfrentei. Será mais uma aprtida dura", analisou. "Claro que é uma vaigem longa, em torno de 15 horas, mas depois de tudo o que eu fiz em São Paulo em um torneio ATP, onde ganhei meus primeiros jogos e cheguei à final, estou confiante e orgulhoso do Luca Vanni", concluiu, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa.
