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Tsitsipas precisou crescer cercado de expectativas
13/08/2021 às 21h00

Ex-líder do ranking juvenil, Tsitsipas conviveu com a pressão desde muito novo

Foto: Peter Staples/ATP
Mário Sérgio Cruz

Toronto (Canadá) - Na semana em que aparece com o melhor ranking da carreira, agora como número 3 do mundo, Stefanos Tsitsipas dá mais um passo para a confirmação de todas as grandes expectativas sobre ele, que o acompanhavam desde os tempos em que foi o número 1 do circuito juvenil. O grego, que completou 23 anos na última quinta-feira, acredita que o fato de ter aprendido a lidar com a pressão desde quando era muito novo foi um fator determinante para construção de sua carreira.

"É óbvio que você vai querer estar entre os melhores do esporte. Isso faz parte do trabalho. Você não pode ignorar isso. Está lá, e você vai aprendendo a enfrentar. Eu acho que estava preparado para isso. Estava passando por essa experiência desde muito jovem jogando como juvenil, e fazendo a transição para os profissionais. É algo que você constrói e aprende a lidar melhor com o tempo", disse Tsitsipas a TenisBrasil, depois de garantir vaga na semifinal do Masters 1000 de Toronto.

"No começo, você não está esperando chegar naquele nível, mas eventualmente você chega lá e isso se torna sua nova vida habitual. É um desafio diferente por si só. Algumas coisas vêm com sua personalidade ou com a disposição de ter isso em sua vida diária e rotina diária", acrescentou o vencedor de sete títulos de ATP, com direito a um Masters 1000 em Monte Carlo na atual temporada e o Finals de Londres em 2019.

Grego tenta alcançar sua segunda final no Canadá
Tsitsipas já foi finalista do Masters canadense em 2018, quando ainda tinha 20 anos e ocupava o 27º lugar do ranking mas evita comparações entre as duas campanhas. Na edição atual, passou por três jogadores em ótima fase, Ugo Humbert, Karen Khachanov e Casper Ruud. Seu próximo rival é o norte-americano Reilly Opelka, um dos melhores sacadores do circuito. 

"Eu ainda tenho mais algumas partidas pela frente, então não há muito para comparar. Mas estou feliz com meu nível de jogo agora. Cada oponente que tive que enfrentar no torneio é alguém que vinha jogando muito bem e que tem um nível para me enfrentar diretamente. Lidei muito bem com essas situações. Obviamente, estou animado com o que está por vir, tentando encontrar soluções e maneiras para que isso seja mais fácil e eficiente para mim", explicou o grego.

Vitória sobre Ruud nas quartas em Toronto

A vitória por 6/1 e 6/4 sobre Ruud, número 12 do mundo, nesta sexta-feira encerrou uma invencibilidade de 13 jogos do norueguês. Tsitsipas falou sobre seu plano de jogo e o que fez para a vitória ser tão contundente. "Eu estava perto da linha de base. Estava tentando entrar na quadra o máximo possível e pegar as bolas mais cedo. Acho que a reação inicial dele foi ficar mais apressado. Eu vi isso e, obviamente, senti que ele mudaria seu jogo e mudaria algumas coisas, o que ele acabou fazendo no segundo set".

"Também demorei um pouco para voltar ao jogo depois de deixar a quadra por alguns minutos. Eu estava muito perto de fazer uma partida excelente. Minhas intenções foram claras desde o início. Não estava duvidando de mim mesmo de forma alguma e mantive as coisas simples. Joguei um tênis limpo e agressivo", explicou o número 3 do mundo, que também justificou sua ida ao vestiário. "Eu tive que fazer aquela pausa. Estava muito úmido na quadra e minhas roupas estavam encharcadas. É sempre melhor e você se sente mais revigorado quando volta com um conjunto de roupas novas. Foi isso o que eu fiz. E foi bom para mim".

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