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Stosur: 'Fiquei emocionada com medalha da Luísa'
22/08/2021 às 11h57

Stosur retomou a parceria com Shuai Zhang em Cincinnati e conquistou o título

Foto: Western & Southern Open
Mário Sérgio Cruz

Cincinnati (EUA) - Campeã de duplas no WTA 1000 de Cincinnati e uma das jogadoras mais experientes do circuito, Samantha Stosur fez muitos elogios à brasileira Luísa Stefani, que vive excelente fase na temporada, com a medalha de bronze nos Jogos de Tóquio e mais três finais consecutivas em grandes torneios da WTA. A australiana de 37 anos, que já foi número 1 de duplas em 2006 e campeã do US Open em simples em 2011, diz ter ficado emocionada com a conquista da medalha de Stefani ao lado de Laura Pigossi no Japão e projeta um futuro promissor para a jogadora de 24 anos.

"Bem, em primeiro lugar, acho que é fantástico para ela e para o tênis brasileiro. Obviamente não há muitas brasileiras no circuito e ela está fazendo coisas fantásticas na quadra de duplas. Quando a vi ganhar a medalha de bronze nas Olimpíadas, junto com sua parceira, fiquei absolutamente emocionada por elas. Foi quase como o ponto alto do tênis nos Jogos. Acho que elas foram quase as últimas a entrar, mas saíram com uma medalha", disse Stosur a TenisBrasil, após a final de duplas em Cincinnati. Ela e a chinesa Shuai Zhang venceram Stefani e canadense Gabriela Dabrowski por 7/5 e 6/3 no último sábado.

"Acho que ela está jogando muito bem. Agora ela e Gaby já estão formando uma parceria muito forte com apenas alguns torneios juntas. Elas vão ser difíceis de enfrentar, já que obviamente vão jogar juntas cada vez mais. Acho que ela joga como as duplas da velha guarda. Gosta de saque e voleio, rebate e entra na quadra. Ela pode fazer tudo e se coloca nas posições certas. Além disso, ela ainda é muito jovem e pode, sim, se sair muito bem", avaliou a australiana, destacando as últimas semanas de Stefani e Dabrowski, que vinham de título em Montréal e vice em San Jose.

Primeiro título de Stosur como mãe
O título também foi especial para Stosur por ser o primeiro desde o nascimento da filha, Genevieve, em junho do ano passado. A paralisação do circuito profissional no ano passado, por conta da pandemia, acabou permitindo a Stosur curtir a maternidade com um pouco mais de calma. E para que ela não ficasse tanto tempo sem jogar, todo o processo da gravidez foi feito em sua esposa, Liz Astling. Com o calendário bastante reduzido, considerando também as restrições vigentes na Austrália, ela está longe de casa desde junho, quando viajou para jogar Wimbledon, Olimpíadas e a preparação para o US Open.

 
 
 
 
 
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"Obviamente é muito difícil estar longe de casa e sentindo tanto a falta da Genevieve. Estávamos no Face Timing antes da partida de hoje e, sim, obviamente fazemos isso o máximo que podemos", admitiu a australiana, que agora tem 27 títulos no circuito. "Então é difícil estar aqui, mas quando a gente ganha um título, vale a pena. Quero ter sucesso quando estou em quadra e curtir esses momentos porque sei que isso não vai acontecer para sempre. É muito bom ganhar um título e jogar com minha amiga Shuai".

"Então, sim, eu acho que é muito difícil, mas torna essa conquista mais emocionante para mim. E eu sei que elas estão assistindo de casa. Obviamente, quando eu voltar para lá, só quero estar com Genevieve e minha família e mal posso esperar para chegar em casa e fazer isso", explica a tenista, que só joga mais um torneio este ano. "Sobre o futruro, só vou jogar o US Open até o final do ano, então acho um pouco triste que possa ser meu último torneio da temporada, mas vamos dar o nosso melhor, absoluto, e espero que possamos nos sair muito bem. Espero que possamos levar para casa outro troféu".

Destaque para a grande atuação de Zhang

A australiana também valorizou a grande atuação de sua parceira. "Acho que vimos muitos elementos de uma partida de duplas hoje. Shuai foi capaz de acertar em muitos ângulos e usar bolas baixas, elas estavam tentando os lobs, nós tínhamos potência nos golpes. E acho que todas sacaram muito bem para a partida. No geral acho que jogamos muito bem. Fomos muito claras e decisivas sobre o que escolhemos fazer, e fomos capazes de executar isso com mais frequência do que o esperado. Acho que a chave foi que sacamos muito bem e estávamos indo bem em nossos jogos de serviço. Em seguida, fomos capazes de colocar muita pressão sobre elas e conseguir mais quebras".

Zhang também comemorou a retomada da parceria, já que elas não jogavam juntas desde fevereiro, em Melbourne. "Nós duas gostamos muito uma da outra e somos muito positivas. Nunca nos importamos de ganhar ou perder, errar uma bola ou algo assim. Quer dizer, a gente sempre tenta fazer o ponto. Às vezes funciona, às vezes não. Não importa. Nós simplesmente gostamos de jogar juntas. Estamos tão felizes jogando juntas. É por isso que quando estávamos em quadra durante a semana, estávamos tão cansadas, salvamos match-points, mas ainda rimos e sorrimos. Sempre fazemos coisas engraçadas. Sentíamos muita falta uma da outra, porque nos últimos dois anos não podemos tocar muitos torneios. E agora, depois de tanto, ganhamos um grande troféu. Isso é muito especial".

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