Nova York (EUA) - Primeira finalista do US Open, ao bater a bielorrussa Aryna Sabalenka na semifinal, a jovem canadense Leylah Fernandez, de apenas 19 anos, completados quatro dias atrás, relembrou todos os obstáculos pelos quais teve que passar até chegar a este ponto, inclusive a descrença de muitos que não apostavam que poderia ter sucesso como tenista.
“Muita gente duvidou de mim, da minha família e dos meus sonhos. Eles ficavam dizendo que não seria uma tenista profissional, que deveria parar e apenas prosseguir com os estudos. Lembro-me de uma professora, numa situação que agora é muito engraçada, mas na época não foi. Ela me disse para parar de jogar tênis, que nunca conseguiria, e pediu para me concentrar na escola”, contou Fernandez.
"Outro exemplo é que minha mãe teve que ir para a Califórnia por alguns anos para sustentar minha família e a mim no tênis. Esses poucos anos foram definitivamente difíceis para mim porque precisava de uma mãe e de alguém para me apoiar entre 10 e 13 anos, mas eu mal a via naquela época. Cada vez que a via, era como ver um estranho, mas ao mesmo tempo alguém tão familiar”, acrescentou a canadense.
O jovem tenista fez questão não apenas de destacar o papel de sua mãe, mas também celebrou a possibilidade de ela poder estar no torneio. “Está torcendo por mim e se divertindo comigo o tempo todo. Passamos por tantas coisas juntas como uma família e estou feliz que agora tudo está indo para o nosso lado”, disse Fernandez, que também analisou o duelo com Sabalenka.
“Ela começou incrivelmente bem, mas estou feliz por ter sido capaz de manter a paciência, lutar por cada ponto. Fiquei feliz por conseguir ser ofensiva no tiebreak, buscando meus golpes, mas sem exagerar. No segundo set tive minhas chances, mas cometi alguns erros e ela aproveitou a oportunidade que teve. No terceiro, foi apenas uma boa batalha até o fim. Fiquei feliz por ter conseguido colocar mais uma bola de volta”, disse a canadense.
Questionada sobre a sensação de chegar a uma final de Grand Slam, ela usou a palavra ‘mágica’ para descrever o momento. “Não apenas pela minha campanha, mas também a maneira como estou jogando agora. Estou apenas me divertindo, tentando produzir algo para o público aproveitar e feliz que tudo o que tenho feito na quadra. Os fãs estão adorando e eu também, digamos que é mágica”, finalizou.