Turim (Itália) - Na conversa no podcast No Boundaries, o australiano Nick Kyrgios não apenas sugeriu o cancelamento do Australian Open e disparou contra Roland Garros, dizendo que o Grand Slam francês deveria deixar de existir, mas também se colocou ao lado do sérvio Novak Djokovic no discurso contra a vacinação obrigatória.
Kyrgios acredita que seja moralmente errado forçar alguém a ser vacinado. “Eu já tomei as duas doses da vacina, mas você não pode forçar alguém a se vacinar ou dizer que não pode jogar porque não está vacinado. Existem outras soluções, como ser testado todos os dias”, argumentou o australiano, cuja posição acabou surpreendendo o próprio Djokovic.
“Foi inesperado, ainda mais depois de tudo o que falou sobre mim nos últimos anos (risos). Concordo com ele que tem que haver liberdade de escolha por parte de todos. Não importa se se trata de uma vacina ou sobre outras coisas na vida. Deve haver liberdade para escolher e decidir o que você quer fazer”, comentou o sérvio após sua segunda vitória no ATP Finals.
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“Neste caso particular, é importante poder decidir o que você quer colocar no seu corpo. Sempre fui um defensor disso, sempre defendi a livre escolha. Vou sempre apoiar isso porque torna a sua vida muito mais feliz”, complementou o número 1 do mundo.
Já classificado para as semifinais, Djokovic encerrará sua participação na fase de grupos contra o britânico Cameron Norrie, que entrou no lugar do grego Stefanos Tsitsipas. “Embora tenha entrado no torneio como segundo suplente, se está aqui é porque merece”, comentou o sérvio de 34 anos.
“Teve um ano fantástico, venceu Indian Wells e foi um dos jogadores mais regulares do circuito. Ele merecia estar aqui. Esta noite vou assisti-lo um pouco contra Ruud e ver como ele se adapta a essas condições, que são bastante diferentes dos torneios anteriores. Há um pouco de altitude e a bola é difícil de controlar. O importante nisso tudo é que me classifiquei para as semifinais”, finalizou.
