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Mahut sugere boicotar torneios realizados na China
19/11/2021 às 18h01

Mahut diz que não joga na China enquanto não houver séria investigação sobre o desaparecimento de Peng

Foto: Corinne Dubreuil/ATP

Turim (Itália) - Enquanto a comunidade do tênis está sensibilizada pelo desaparecimento da jogadora chinesa Shuai Peng e a WTA já cogita romper os acordos comerciais que tem com a China e cancelar os torneios do país, o francês Nicolas Mahut é um dos primeiros jogadores a sugerir um possível boicote às competições na China, caso a situação não seja solucionada.

Peng, de 35 anos e ex-número 1 de duplas, permanece incomunicável desde que acusou um ex-integrante do alto escalão do governo chinês de assédio sexual. O CEO da WTA, Steve Simon, relata ter feito várias tentativas de contato, sem sucesso, e disse em recente entrevista ao New York Times que nem mesmo outras jogadoras conseguiram falar com ela.

"Acho que Steve Simon mostrou uma grande liderança nessa situação. Eu realmente aprecio suas declarações. Tenho quase certeza de que a ATP seguirá o mesmo caminho se não tivermos nenhuma notícia e se a situação ainda for a mesma", disse Mahut após a vitória ao lado de Pierre-Hugues Herbert sobre Bruno Soares e Jamie Murray pelo ATP Finals.

"Pessoalmente, acho que é isso que devemos fazer. Pessoalmente, não vou jogar na China se a situação for a mesma. Mas temos que estar unidos. O presidente da ITF não disse nada. Estou esperando que ele faça como Steve Simon", acrescentou o francês de 39 anos, exigindo uma investigação mais transparente sobre o caso e um posicionamento mais firme da Federação Internacional de Tênis (ITF)

Mahut também cobra uma atitude do Comitê Olímpico Internacional, já que o Jogos Olímpicos de Inverno acontecerão em Pequim no início do ano que vem. "Para mim, até agora, é muito constrangedor não falar nada. Eles deveriam dizer algo alguns meses antes das Olimpíadas na China. Espero que eles façam alguma coisa em breve".

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