Innsbruck (Áustria) - A possibilidade de levarem as finais da Copa Davis para Abu Dhabi não foi muito bem recebida e não teve grande apoio dos tenistas e capitães nacionais. O mais firme nas declarações foi o australiano Lleyton Hewitt, que já não gosta do formato atual e acha que iria piorar levando o evento para um local sem tradição no tênis e com pouca torcida.

Já o sérvio Novak Djokovic foi mais político e tentou ver os dois lados, não apenas o esportivo, mas também o financeiro. “Gosto de agora existirem três países diferentes recebendo a fase de grupos. Eu diria por que não mais? Por que não ter seis países diferentes hospedando um grupo de três equipes?” disse o número 1 após ajudar a Sérvia a garantir a vitória sobre a Áustria em Innsbruck.

“Perdemos isso com a mudança de formato, a possibilidade de muitos países do Grupo Mundial sediarem o evento. Acho que é algo a que as pessoas não reagiram bem e eu entendo. Você precisa de uma competição da Copa Davis para o desenvolvimento de seu próprio tênis nacional. Quando se trata de localização, seja em Abu Dhabi ou em qualquer outro lugar, isso é algo que temos que esperar e ver oficialmente quando for lançado e depois discutir. Agora não é oficial ainda”, observou.

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Djokovic lembrou que a questão financeira é um fator que não pode ser descartado. “Há muito interesse em trazer a Copa Davis ou qualquer outra grande competição de tênis ou esporte para o Oriente Médio, onde economicamente eles são muito fortes e podem financiar as grandes demandas que você tem para uma organização de um evento tão importante”, disse o sérvio.

“A questão é se você segue o dinheiro, por assim dizer, se segue a tradição, ou se encontra um equilíbrio entre os dois. Essa é sempre a grande questão, algumas pessoas acham que devemos melhorar, que devemos olhar para frente, que devemos progredir. Algumas pessoas acham que devemos nos ater ao que era a Copa Davis como competição ou como formato. Eu estou em algum lugar no meio, acho que você precisa respeitar a tradição e a história, e você precisa se ater às coisas que são reconhecíveis que tornam esta competição tão importante para o esporte. Ao mesmo tempo, você precisa seguir em frente e encontrar novas maneiras de melhorar a competição”, finalizou.