Madri (Espanha) - Nome mais experiente da Croácia, que disputa a final da Copa Davis neste domingo, Marin Cilic reconhece que o time da Federação Russa de Tênis é o mais forte na disputa, especialmente porque os russos contam com o número 2 do mundo Daniil Medvedev e o quinto colocado Andrey Rublev. A decisão está marcada para o meio-dia (de Brasília) deste domingo e os dois países lutam pelo terceiro título de Copa Davis.
"A equipe russa é provavelmente a mais forte dessa Copa Davis. Jogar contra eles é uma tarefa absolutamente difícil. Mas finais são finais. Temos os nossos pontos fortes e estamos gostando de estar aqui. Estamos muito felizes por chegarmos à final novamente", disse Marin Cilic, ex-número 3 do mundo e atual 30º do ranking aos 33 anos. O croata tem 32 vitórias e 14 derrotas pela Davis e deve ser escalado para enfrentar Medvedev no domingo.
A Croácia disputou duas finais recentes na Copa Davis, ficando com o vice em 2016 e conquistando o título em 2018. O país também tem um título ainda em 2005. Cilic comentou sobre a mudança de formato na competição. "Tanto em 2016 quanto em 2018 nós disputamos as semifinais na Croácia e foi fantástico. A atmosfera era incrível. Quando você chega à final em casa, é enorme. Então, nós gostamos e sentimos muita emoção".
"Aqui é um torneio longo. Viemos primeiro para Turim há duas semanas, nos preparamos e jogando as partidas das primeiras fases [contra Austrália e Hungria na fase de grupos e Itália nas quartas]. Tínhamos um grupo difícil e fomos nos adaptando a esse novo formato. Cada partida conta muito, então você realmente tem que estar no topo do seu jogo. Todos nós fizemos tudo o que podíamos para chegar à final", explicou o ex-número 3 do mundo e atual 30º do ranking.
Surpresa na Davis, Borna Gojo chega confiante à final
Outro destaque da campanha da Croácia até a final da Davis é o jovem de 23 anos Borna Gojo, atual 279º do ranking, que já venceu grandes nomes no torneio, o australiano Alexei Popyrin, o italiano Lorenzo Sonego e o sérvio Dusan Lajovic. "Eu sei que todos que olham o ranking poderiam pensar que não temos muitas chances. Mas para ser honesto, eu sempre espero vencer, não importa contra quem eu jogue. Sempre me cobro porque sei que posso jogar bem e estou muito feliz por poder mostrar isso hoje".
"Claro, estou um pouco surpreso por ter vencido todas essas partidas. E eu não teria a chance de jogar contra esses caras muitas vezes, mas quando jogo pelo meu país, sempre que acredito que posso vencer. Se alguém me disser na Copa Davis: 'Você vai jogar bem e pode vencer esses caras', é claro que eu vou acreditar", comenta o croata, que tem agora quatro vitórias e duas derrotas pela Davis.
Croatas contam com a melhor dupla do ano
O duplista Nikola Mektic, que forma a melhor parceria da temporada com Mate Pavic, avaliou sobre uma eventual definição do confronto nas duplas. "Os russos têm dois jogadores de simples excepcionais, mas que também costumam jogar em duplas. Pessoalmente, eu prefiro jogar contra dois caras de simples e que talvez não joguem juntos com tanta frequência. Rublev e Karatsev deve ser o melhor time deles, porque jogaram muitas vezes durante o ano. São excepcionais jogadores, mas também estão muito acostumados com as duplas, o que os torna uma equipe muito perigosa".