Melbourne (Austrália) - Quando despontou para o tênis, Daria Gavrilova defendia as cores do país onde nasceu, a Rússia, mas a partir de 2016 ela passou a jogar sob a bandeira australiana. Tudo isso por causa do relacionamento com o também tenista Luke Saville, com quem se casou no fim deste ano. Agora, além de adotar a nacionalidade do marido, ela também ostenta seu sobrenome.
Já constando no site da WTA como Daria Saville, ela perdeu praticamente todo o ano de 2021 por causa do Tendão de Aquiles. Em entrevista ao News Corp, ela lembrou do momento que mudou tudo em sua temporada, logo após cair na estreia na chave de duplas do Australian Open, onde jogou ao lado da compatriota Ellen Perez.
“Eu disse à minha equipe que minha dor era provavelmente de 10 em 10. Eles me falaram: 'Isso não é bom. Tem certeza? Você provavelmente está exagerando'. Então eu retruquei e garanti que não podia mais continuar jogando”, contou a tenista de 27 anos, que logo em seguida passou por uma cirurgia e só conseguiu voltar a competir no fim do ano, na Billie Jean King Cup.
“Obviamente não joguei muito este ano, mas mostrei meu bom nível na eliminatória da Billie Jean King Cup, tive uma semana de treinos muito boa e uma vitória muito boa (sobre Greet Minnen)”, afirmou Saville, que recebeu um dos convites para o Australian Open de 2022.
Ex-top 20, a australiana viu seu ranking despencar por causa do tempo de afastamento, aparecendo atualmente na modesta 419ª colocação. Saville comemorou bastante a chance que lhe foi dada no primeiro Grand Slam do ano. “Eu esperava conseguir um convite, mas nunca é uma certeza”, destacou a tenista.
“Pude voltar depois de um longo período de folga e produzir um bom tênis, então acho que foi por isso que fui recompensada. Acho que mostra que não sou a única que acredita que possa voltar ao top 50, que é meu maior objetivo no momento”, afirmou Dasha.