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Governo ameaça cancelar visto de Djoko novamente
09/01/2022 às 11h30

Melbourne (Austrália) - Um dia antes do julgamento do caso Novak Djokovic, previsto para iniciar às 20 horas deste domingo (de Brasília), o governo australiano divulgou as alegações jurídicas que embasam sua decisão de cancelar o visto de entrada do número 1 do mundo no país por não estar vacinado. E fez um alerta: se dá ao direito de cancelar o visto de entrada mais uma vez que o caso seja derrotado no tribunal.

O documento publicado neste domingo tenta desqualificar as alegações da defesa ponto por ponto, mas basicamente explica que o sérvio não apresentou evidências suficientes para poder entrar como exceção no país sem a vacinação completa.

Além de citar a norma de que uma infecção anterior não é causa bastante para tal isenção, de acordo com as leis sanitárias australianas em vigor, os advogados afirmam que a vacinação de primeira ou segunda dose pode ser feita assim que o paciente se recuperar da infecção. E que "é evidente" que Djokovic está recuperado completamente.

Em outro trecho, a alegação diz que não houve qualquer sugestão ou indicação de que Djokovic tenha sofrido "um quadro clínico grave" em dezembro de 2021, data em que o sérvio alega ter contraído pela segunda vez o coronavírus. "Tudo que ele disse foi que testou positivo. Isso não é a mesma coisa".

O governo ainda recusa as afirmações da defesa de que Djokovic tenha sido maltratado em sua chegada, afirmando que ele foi "tratado de forma justa e detido por não apresentar provas suficientes no aeroporto".

Por fim, o documento afirma que poderá cancelar por uma segunda vez o visto de entrada do jogador, mesmo se Djokovic ganhar a causa no tribunal.

No sábado, o governo pediu adiamento do julgamento até quarta-feira, sem dar explicações, mas foi negado e a audiência acontecerá mesmo na segunda-feira local.

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