Hamburgo (Alemanha) - A polêmica novela sobre a entrada do sérvio Novak Djokovic na Austrália ganhou mais uma grande reviravolta, desta vez vinda da Alemanha, onde uma matéria da revista Der Spiegel aponta indícios de que o exame positivo de Covid-19 apresentado pelo número 1 do mundo foi manipulado.

A revista alemã escaneou o código QR referente ao teste de 16 de dezembro (que foi apresentado como positivo) e as coisas ficaram estranhas. Às 13h19 na segunda-feira (Horário da Europa Central), o resultado do exame aparecia como "Negativo", porém, às 14h33 do mesmo dia uma segunda varredura do código QR retornou um resultado diferente: "Positivo".

Outra inconsistência apontada é o número do teste. O sistema de testes sérvio, como é normal para esses programas, atribui um número de identificação a cada teste. O positivo de Djokovic, supostamente feito em 16 de dezembro, tem numeração 7.371.999, mas para o teste negativo feito em 22 de dezembro tem a identificação 50.000 números mais baixa.

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Um especialista em tecnologia da informação afirmou que esses números de identificação normalmente são atribuídos consecutivamente. E o fato de que o sistema de saúde sérvio realizou 50.000 testes de covid entre 22 e 26 de dezembro (justamente a diferença entre os dois testes de Djokovic) indicariam que o positivo teria sido produzido em 26 e não em 16 de dezembro.

A reportagem da Der Spiegel questionou Djokovic e a área de saúde do governo sérvio para tentar solucionar essa questão na numeração dos testes e as datas em que foram feitos. Também perguntaram se os testes foram manipulados e pediram uma explicação para a versão digital do resultado ter indicado, mesmo que por um curto período de tempo, um resultado diferente. Nenhuma das questões foi respondida.