Fort Lauderdale (EUA) - Ex-número 1 do mundo e 18 vezes campeã de Grand Slam, a norte-americana Chris Evert revelou em suas mídias sociais nesta sexta-feira que descobriu estar com câncer de ovário.
O câncer de estágio C1 foi detectado após uma histerectomia (retirada do útero) preventiva e não se espalhou para outras partes do corpo. Evert, que está com 67 anos, começou a primeira de seis rodadas de quimioterapia nesta semana. Há mais de 90% de chance de o câncer não retornar.
“Eu vivi uma vida muito charmosa. Agora tenho alguns desafios pela frente. Mas tenho conforto em saber que a quimioterapia é para garantir que o câncer não volte”, disse a comentarista da ESPN.
Evert é uma das maiores tenistas da história. Ela se tornou a primeira jogadora, masculina ou feminina, a vencer 1.000 partidas de simples e ficou em primeiro ou segundo lugar no ranking mundial de 1975 a 1986.
Chris McKendry, em seu artigo no site ESPN.com, revelou que foi notificada pela ex-tenista em 7 de dezembro do ano passado, através de uma mensagem curta: “Eu não posso falar agora, mas o relatório da patologia voltou hoje e revelou que eu tenho um tumor maligno na minha trompa de Falópio; vou fazer cirurgia na próxima semana, depois quimioterapia ... f--- me ..." McKendry colocou-se à disposição da amiga, que respondeu: “Como alguém que sempre tive controle sobre minha vida, não tenho ideia de como responderei à quimioterapia. Eu tenho que ceder a algo maior."
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— Chris Evert (@ChrissieEvert) January 15, 2022
Em seu comunicado, Evert afirma que decidiu contar sua história como uma forma de ajudar outras mulheres. "Eu me sinto sortuda por ter descoberto cedo e espero resultados positivos da quimioterapia. Agradeço a Chris McKendry por sua amizade e por co-escrever esta história muito pessoal comigo. E obrigada a todos vocês por respeitar minha necessidade de focar na minha saúde e no tratamento. Vocês me verão de vez em quando, de casa, durante a cobertura da ESPN do Aberto da Austrália."
O Dr. Joel Cárdenas, do departamento de ginecologia/oncologia da Cleveland Clinic Florida e médico de Evert, disse que um diagnóstico precoce é mais provável se a paciente estiver em dia com as consultas médicas, entender sua história familiar e tiver um bom relacionamento com seu ginecologista. “As mulheres também devem conhecer os fatores de risco – endometriose, histórico de câncer de mama e infertilidade estão entre eles. A idade média para o diagnóstico de câncer de ovário é de 63 anos”, acrescentou.
No caso de Evert há um precedente, já que sua irmã mais nova, Jeanne Evert Dubin, morreu de câncer de ovário em fevereiro de 2020 aos 62 anos. O câncer de ovário pode ocorrer em famílias e o risco aumenta se uma mãe, irmã ou filha teve a doença, de acordo com a Sociedade Americana do Câncer.