Melbourne (Austrália) - Após passar aperto para derrotar o jovem espanhol Carlos Alcaraz, precisando de cinco sets e 4h13 para superar uma dura terceira rodada no Australian Open, o italiano Matteo Berrettini foi só elogios para o rival, que o havia derrotado na única vez que se cruzaram, ano passado em Viena. Embora tenha vencido dessa vez, o número 7 do mundo viu o rival ainda melhor em quadra.

“Estudei bem seu jogo e vi as coisas que ele mais gostava de fazer para saber o que esperar. Fisicamente ele é muito duro e não tem pontos fracos em nenhum lado. Fui obrigado a jogar meu melhor tênis hoje para vencê-lo. Esperava uma partida muito difícil, mas é verdade que me surpreendeu, seu serviço melhorou muito em comparação com a última vez, principalmente o primeiro saque”, disse Berrettini.

“Sabia que ele ia ser agressivo com a devolução e conseguiu neutralizar meus serviços muito bem em várias ocasiões. Joguei com meu coração, foi uma partida de altíssimo nível de ambas as partes. Tive que ser bastante agressivo por causa do tipo de jogador que ele é”, acrescentou o italiano.



Berrettini destacou sua maior experiência como fundamental para ter conseguido triunfar e alcançar as oitavas de final em Melbourne. “Acho que hoje fui melhor que ele em alguns momentos, mas é verdade que sua juventude pode jogar contra ele nesse sentido nos Slams em comparação com outros torneios”, analisou o italiano, que terá outro espanhol pela frente, encarando Pablo Carreño na próxima fase.

“Nunca nos enfrentamos no circuito, será interessante. Ele é muito sólido e tem jogado bem, gosta de jogar duro, mesmo que todos pensem que é saibro. Em uma quarta rodada de um Slam, você sempre terá um adversário difícil”, comentou Berrettini, que garantiu estar bem após o susto com a torção no tornozelo contra Alcaraz. “Está ok, não foi nada sério. É algo que já estou acostumado”.