Melbourne (Austrália) - A vontade em honrar o nome do compatriota Novak Djokovic, que acabou deportado da Austrália às vésperas do Australian Open, não é o único fator de destaque para o bom momento do sérvio Miomir Kecmanovic, que aproveitou a ausência do número 1, que seria seu rival na primeira rodada, para garantir vaga nas oitavas de final em um Grand Slam pela primeira vez.

Um ponto importante no desempenho do sérvio de 22 anos e atual 77 do mundo é o argentino David Nalbandian, com quem tem trabalhado em alguns eventos. “Ele me fez mudar o pensamento na quadra. Antes era muito unidimensional, agora sinto que posso fazer muito mais coisas, ter vários planos: A, B ou C”, contou Kecmanovic.

Além dos conselhos de Nalbandian, o sérvio também se aproveita do que ele considera uma quase que total falta de pressão, já que não esperava ir além da estreia em Melbourne. “Não sinto nenhuma pressão. Eu deveria jogar contra o número 1 do mundo e então tive a oportunidade de alcançar a terceira rodada. Estou jogando sem pressão. Sou grato por ainda estar aqui”.

Na estreia, Kecmanovic derrubou o lucky-loser italiano Salvatore Caruso, substituto de Djokovic na chave, depois eliminou o norte-americano Tommy Paul e na terceira rodada surpreendeu o cabeça de chave 25 Lorenzo Sonego, garantindo assim sua melhor campanha da carreira em Slam.

Kecmanovic não se esquece do que falou antes de iniciar sua participação no torneio e segue querendo fazer bonito para honrar Djokovic. “Eu sei que ele é nosso melhor representante. É definitivamente uma pena que não possa participar e representar a Sérvia, mas vamos dar o melhor que pudermos e esperamos compensar isso de alguma forma”, reforçou o sérvio.