Melbourne (Austrália) - O sábado em Melbourne foi especial para Alizé Cornet por dois motivos. Exatamente no dia em que comemorou seu aniversário de 32 anos, a experiente jogadora francesa igualou o melhor resultado da carreira no Australian Open. A vitória sobre a eslovena Tamara Zidansek recolocou Cornet nas oitavas de final do torneio depois de treze temporadas. Ela agora tenta superar a campanha feita em 2009, mas para isso terá que vencer Simona Halep na próxima rodada.
"Eu continuei lutando, tentando o meu melhor, e a partida virou", disse Cornet depois de vencer Zidansek por 4/6, 6/4 e 6/2. "O terceiro set foi muito difícil fisicamente para nós duas. Estava muito quente na quadra. Estou muito feliz por ter saído com a vitória no dia do meu aniversário. Significa muito".
Ex-número 11 do mundo e atual 61ª colocada, Cornet disputa seu 60º Grand Slam consecutivo e tenta chegar às quartas de final pela primeira vez. A francesa, que também já eliminou a búlgara Viktoriya Tomova e a espanhola Garbiñe Muguruza, espera contar com o apoio das arquibancadas também no duelo contra Halep.
"Eu me diverti muito na com a torcida me apoiando. Quero encher meu coração com toda essa energia para chegar às quartas de final que eu tanto procuro nos últimos 15 anos. Vamos ver como vai ser. Vou continuar dando o meu melhor. Se acontecer, ótimo. Se não, ainda é incrível o que estou vivendo nesses últimos dias aqui".
O histórico diante da romena é favorável, com três vitórias e só uma derrota, mas elas não se enfrentam desde 2015. "Sinto que a Simona está de volta ao seu melhor nível. Eu a vi jogar em Melbourne quando ela ganhou o WTA 250. Eu a acompanho por muitos anos, é uma jogadora que admiro muito, e com quem também me identifico um pouco, pelo jeito que ela joga, e por ela ser uma lutadora. Eu posso ver que ela é ambiciosa em e não ficaria surpresa se ela fosse muito longe no torneio", explica a vencedora de seis títulos de WTA.
Cornet também foi perguntada se é possível fazer uma comparação entre sua personalidade atual com a de de 2019. "De certa forma, eu sou exatamente a mesma. Eu amo o esporte tanto quanto eu costumava. Estou apaixonada do mesmo jeito. Eu ainda estou lutando com todo o meu coração. Eu só tenho mais experiência. Talvez eu saiba lidar um pouco melhor com minhas emoções às vezes. Acho que todos esses anos no circuito me ensinaram que há um momento em que você pode gritar ou ficar com raiva de si mesma, mas às vezes não é preciso. Agora consigo identificar um pouco melhor esses momentos. Acho que isso faria a principal diferença entre mim e as mais jovens".