Melbourne (Austrália) - Fora da disputa do Australian Open este ano, Novak Djokovic planeja voltar à competição em 2023, é o que diz o Craig Tiley, diretor do torneio. Desde o cancelamento do visto de permanência do sérvio no país, confirmado no domingo passado por decisão judicial, Tiley manteve um perfil discreto. Mas ao ser perguntado se o sérvio planejava retornar para o torneio de 2023, apesar da possibilidade de seu visto ser revogado por até três anos, ele respondeu apenas que "sim".
Em entrevista à emissora pública ABC, Tiley disse que a Tennis Australia buscou clareza em várias ocasiões das autoridades nacionais, mas a natureza evolutiva da variante Ômicron significava tornava as decisões complexas e contraditórias. "Mesmo na semana passada desde a decisão, as coisas mudaram em relação à resposta à pandemia".
"Estávamos no início da Ômicron e é por isso que estávamos constantemente buscando clareza, e havia muita complexidade e contradição de informações", disse o dirigente. "No final das contas, ele é o jogador número um do mundo e ele realmente ama o Aberto da Austrália."
Novak Djokovic intends to play the #AusOpen in 2023, tournament chief Craig Tiley says while blaming "miscommunication" for his deportation ahead of this year's event https://t.co/QQN1sx95I9 pic.twitter.com/iDNjdh0LtP
— AFP News Agency (@AFP) January 23, 2022
Primeiro-ministro de Victoria diz que o sérvio só entra se for vacinado
Mas Daniel Andrews, primeiro-ministro do estado de Victoria que sedia o torneio, insistiu que Djokovic só seria bem-vindo se fosse vacinado e citou o caso de Rafael Nadal, que já estava vacinado quando foi diagnosticado com a Covid-19 em dezembro. O espanhol cumpriu o isolamento em casa, antes de viajar normalmente para a Austrália quando já estava recuperado.
"Rafa fez o certo. Tudo poderia ter sido evitado se ele fosse vacinado, e esse sujeito pode pensar que ele é maior do que o torneio. Ele não é", disse Andrews a repórteres. "É por isso que o torneio está acontecendo sem ele".