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Sucesso de juvenis do Quênia e Irã anima Barty
26/01/2022 às 07h04

A queniana Angella Okutoyi chegou às oitavas do juvenil e tem o melhor resultado de seu país em Grand Slam

Foto: Jimmie48/WTA

Melbourne (Austrália) - As vitórias inéditas em Grand Slam de duas jogadoras juvenis do Quênia e do Irã não passaram despercebidas por Ashleigh Barty. A número 1 do mundo celebrou o surgimento de tenistas vindas de países com pouca tradição no esporte e espera que o sucesso dessas jovens atletas tenha um impacto positivo em suas comunidades.

"O crescimento do tênis feminino é excepcional. Foram muitas jogadoras que inspiraram outras a pegar uma raquete ou ousaram sonhar. Uma das que vem à mente imediatamente é Ons [Jabeur, tunisiana], pela maneira como ela conseguiu inspirar uma nação".

"Conheço a Ons há muito tempo e ela foi uma loba solitária por muito tempo no circuito. Agora, há mais pessoas e mais jogadores no masculino e feminino, mais meninas e meninos chegando. Entendendo que está tudo bem ousar sonhar e correr atrás do sonho e tentar", disse Barty, em entrevista coletiva na última terça-feira.

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"Acho que o alcance que o tênis feminino está se espalhando pelo mundo é incrível. E com esse crescimento, vamos começar a ver nos próximos cinco ou dez anos de jogadoras de países onde talvez o tênis não seja um esporte tão comum. Pode ser lento no início, podem ser apenas uma ou duas jogadoras aqui e ali, mas o crescimento está lá e as bases estão estabelecidas. Acho que isso é muito empolgante para o tênis feminino", acrescentou a vencedora de dois Grand Slam.

"Eu sei que muitas jogadoras que estão agora no circuito estão muito orgulhosas de representar isso e fazer parte disso, porque é uma mudança muito legal e uma maneira legal de integrar o jogo em tantos países diferentes ao redor do mundo", complementou a australiana de 25 anos e que enfrenta a norte-americana Madison Keys na semifinal em Melbourne. A partida acontece às 5h30 (de Brasília) desta quinta e a número 1 do mundo tenta ser a primeira australiana na final desde Wendy Turnbull em 1980. Ela lidera o histórico com Keys por 2 a 1.

Iraniana parou na segunda rodada, queniana chegou às oitavas

No último domingo, a queniana Angella Okutoyi e a iraniana Meshkatolzahra Safi tornaram-se as primeiras tenistas de seus países a vencerem partidas de Grand Slam no mundial circuito juvenil. A iraniana venceu a australiana Anja Nayar por 6/4 e 6/3, enquanto a queniana superou a italiana Federica Urgesi por 6/4, 6/7 (5-7) e 6/3.

Safi acabou parando na segunda rodada, superada pela belga Sofia Costoulas por 6/0 e 6/2. A iraniana também teve a oportunidade de conhecer seu ídolo Rafael Nadal em Melbourne. A campanha de Okutoyi foi ainda mais expressiva. Ao superar também a australiana Zara Larke por 7/6 (7-0), 5/7 e 6/1, ela se tornou a primeira tenista queniana a atingir a terceira de um Grand Slam em qualquer nível de competição. Sua campanha em Melbourne só terminou nas oitavas, em que ela foi superada pela sérvia Lola Radivojevic por 6/2 e 6/3.

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