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Bia tenta ser a 3ª brasileira em uma final de Slam
26/01/2022 às 09h36

Bia disputa a semifinal de duplas às 21h (de Brasília) desta quinta-feira

Foto: Divulgação/Joma
Mário Sérgio Cruz

Melbourne (Austrália) - Depois de chegar à semifinal de duplas femininas do Australian Open e garantir o melhor resultado de uma brasileira no torneio em 57 anos, Beatriz Haddad Maia tem a chance de conseguir mais um feito histórico para o país. Ela pode se tornar apenas a terceira mulher brasileira a disputar uma final de Grand Slam. Bia e a cazaque Anna Danilina atuam nesta quinta-feira às 21h (de Brasília) na Rod Laver Arena, principal quadra do Melbourne Park, contra as japonesas Shuko Aoyama e Ena Shibahara, cabeças de chave 2 do torneio.

Bia e Danilina estão invictas há oito jogos no circuito. A parceria vem da conquista do WTA 500 de Sydney, há duas semanas, em que chegaram a derrotar Aoyama e Shibahara na campanha para o título. Na outra semifinal, as tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova são as principais cabeças de chave e enfrentam a belga Elise Mertens e a russa Veronika Kudermetova, cabeças 3 do torneio. Esse jogo está marcado para a Margaret Court Arena às 23h.

A maior vencedora da história do tênis brasileiro é Maria Esther Bueno, que conquistou sete troféus de Grand Slam em simples, onze em duplas e mais um nas duplas mistas. Maria Esther Bueno tem um título de duplas na Austrália ao lado de Christine Truman, em 1960. Ela também foi um vice-campeã de simples e uma semifinalista de dupla em 1965. Seu último título de Grand Slam foi na chave de duplas no US Open de 1968, ao lado da australiana Margaret Court.

Outra brasileira a ter disputado uma final de Grand Slam foi Cláudia Monteiro, vice-campeã de duplas mistas em Roland Garros, em parceria nacional com Cássio Motta em 1982. Essa lista quase ganhou mais um nome no ano passado, quando a paulista Luísa Stefani chegou à semifinal de duplas do US Open, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski. Mas Stefani acabou sofrendo uma grave lesão no joelho durante a partida contra as norte-americanas Coco Gauff e Caty McNally e estava afastada do circuito desde então. 

Salto no ranking e na premiação
A grande campanha em Melbourne também terá impacto no ranking de duplas e na premiação acumulada por Bia na carreira profissional. Por chegar à semifinal, a paulistana de 25 anos está recebendo 780 pontos no ranking e salta da atual 150ª posição e vai alcançando o 64º lugar nas duplas. Uma nova vitória e a vaga na final a levariam para o top 50. Há duas semanas, antes do título em Sydney, ela aparecia apenas no 485º lugar do ranking, mas ganhou 332 posições com os 480 pontos conquistados pelo título.

Financeiramente, as duplas semifinalistas dividem uma premiação de 205 mil dólares australianos, o que equivale a US$ 147 mil ou R$ 798 mil. As finalistas recebem 360 mil dólares australianos e as campeãs ganham 675 mil. Bia tem acumulado na carreira profissional um prêmio de US$ 1,136 milhão. E nos dois primeiros torneios da temporada, havia recebido US$ 28.400.

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