Notícias | Dia a dia | Australian Open
Barty dá show e disputará final histórica na Austrália
27/01/2022 às 06h47

Barty será a primeira australiana na final do torneio desde 1980

Foto: Tennis Australia

Melbourne (Austrália) - O sonho da torcida australiana em ver uma jogadora da casa conquistar o título em Melbourne está ainda mais próximo de se tornar realidade. Líder do ranking mundial, Ashleigh Barty segue confirmando o favoritismo na competição e chega sem perder sets à final. A número 1 do mundo superou nesta quinta-feira a norte-americana Madison Keys, ex-top 10 e atual 51ª colocada, por 6/1 e 6/3 em apenas 1h04 de partida.

Barty é a primeira anfitriã em 42 anos a chegar à final do Australian Open. A última havia sido Wendy Turnbull, superada pela tcheca Hana Mandlikova na decisão de 1980. Já o último título de uma australiana aconteceu em 1978, com Chris O'Neil. Na Era Aberta do tênis, outras três australianas já foram campeãs do torneio, com quatro títulos de Margaret Court, três de Evonne Goolagong e mais um de Kerry Melville Reid.

Aos 25 anos, Barty tenta conquistar seu terceiro título de Grand Slam da carreira. Sua primeira conquista aconteceu no saibro de Roland Garros em 2019. Já no ano passado, triunfou na grama de Wimbledon. Até então, o melhor resultado da australiana em Melbourne era a semifinal em 2020. Desde a classificação para mais uma semi na Austrália, ela assegurou a permanência na liderança do ranking da WTA. Ela tem 112 semanas como número 1 do mundo, 104 consecutivas.

A adversária de Barty na final marcada para o próximo sábado em Melbourne virá da partida entre a polonesa Iga Swiatek, número 9 do mundo e campeã de Roland Garros em 2020, e a norte-americana Danielle Collins, 30ª do ranking. Em ambos os casos, a australiana lidera o histórico de confrontos, 2 a 0 contra Swiatek e 3 a 1 contra Collins. A número 1 do mundo segue invicta na temporada, com 10 vitórias no ano. Há três semanas, venceu o WTA 500 de Adelaide, o 14º título de sua carreira no circuito.

Madison Keys disputou a quinta semifinal de Grand Slam na carreira e a segunda na Austrália, repetindo a campanha feita em 2015. A norte-americana de 26 anos voltará ao top 30 do ranking e vinha de um título de WTA 250 em Adelaide, conquistado há duas semanas. Seu melhor resultado em um Slam foi o vice-campeonato do US Open em 2017.

Domínio desde o primeiro game da partida

O domínio de Barty na semifinal com Keys começou ainda no primeiro game da partida. Mesmo atuando diante de uma das melhores sacadoras do circuito, a australiana apostou em diferentes tipos de devolução para não dar um muito ritmo à rival de jogo agressivo e golpes potentes. A australiana conseguiu uma quebra logo de cara, em um game muito longo e que contou com três erros da rival. Durante o primeiro set, Barty conseguiria duas novas quebras de serviço e escapou do único break-point que enfrentou na parcial.

O segundo set começou um pouco mais equilibrado até o empate por 2/2, quando Barty teve que escapar de mais um break-point. Ao longo do torneio, a australiana sofreu apenas uma quebra de serviço, contra Amanda Anisimova na terceira rodada. Liderando por 3/2, a número 1 do mundo conseguiu a única quebra da parcial e abriu vantagem para não correr mais riscos até o final do jogo. Barty liderou a estatística de winners por 20 a 8 e cometeu apenas 13 erros não-forçados contra 24 de Keys. A australiana conquistou quatro quebras de serviço em seis break-points.

Comentários