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Collins domina semi com Iga e joga 1ª final de Slam
27/01/2022 às 08h34

Collins desafia Barty no próximo sábado em Melbourne

Foto: Divulgação

Melbourne (Austrália) - Pela primeira vez em sua carreira profissional, a norte-americana Danielle Collins disputará uma final de Grand Slam. A jogadora de 28 anos e 30ª do ranking garantiu vaga na decisão do Australian Open, superando nesta quinta-feira a polonesa Iga Swiatek, número 9 do mundo, com parciais de 6/4 e 6/1 em 1h18 de partida.

Collins comemora sua sétima vitória contra top 10 na carreira e desafia no próximo sábado a número 1 do mundo Ashleigh Barty. Ela tem uma vitória em quatro jogos diante da australiana. Barty, que já tem dois troféus de Grand Slam, é a primeira jogadora da casa na final do torneio desde 1980 e tenta ser a primeira anfitriã a conquistar o título desde Chris O'Neil em 1978.

Vencedora de dois torneios da WTA, em Palermo e San Jose no ano passado, Collins vai entrar no top 10 com a campanha até a final em Melbourne. Ela também irá se tornar a melhor norte-americana no ranking, ultrapassando Jennifer Brady, Jessica Pegula, Coco Gauff e Sofia Kenin. Lembrando que Brady, finalista na Austrália em 2021, e Kenin, campeã do torneio em 2020, perderão pontos no ranking da próxima segunda-feira.

Vinda do circuito universitário norte-americano, tendo atuado pelas universidades da Flórida e da Virginia entre 2012 e 2016, Collins só conseguiu efetivamente manter um calendário de competições profissionais a partir de 2017. Já na temporada seguinte, em 2018, chegou ao top 50 e terminou aquele ano como 35ª do mundo. No início de 2019, chegou à sua primeira semifinal de Grand Slam na Austrália e ocupou o 23º lugar do ranking. Já na última temporada, precisou fazer uma breve pausa na carreira depois de ser diagnosticada com endometriose, tendo que passar por cirurgia. Quando voltou a jogar, teve bons resultados, vencendo seus dois primeiros títulos no circuito.

Swiatek disputou sua segunda semifinal de Grand Slam e a primeira no piso duro. A jovem polonesa de 20 anos foi campeã de Roland Garros em 2020, e desde então sempre chegou pelo menos às oitavas em torneios desse porte. Também campeã do forte WTA 1000 de Roma em quadras de saibro no ano passado, ela irá igualar o melhor ranking da carreira, ocupando a quarta posição.

Logo nos primeiros games da partida, Collins abriu uma confortável vantagem no placar, mandando nos pontos desde as devoluções. Sempre que Swiatek sacava no meio da quadra, a norte-americana atacava já na bola seguinte, buscando as paralelas ou mesmo o corpo da polonesa. Com duas quebras seguidas, abriu 4/0 no placar.

Swiatek conseguiu aos poucos entrar no jogo e estar mais confortável nos ralis do fundo de quadra. Ela também teve sucesso nas tentativas de usar slices e subir à rede para não dar ritmo à rival A polonesa devolveu uma das quebras e diminuiu a diferença no placar para 4/2, mas continuava muito vulnerável em seus games de serviço e sofreu uma nova quebra no fim do set.

O roteiro do segundo set foi muito parecido, com Collins novamente sendo agressiva nas devoluções. E para piorar a situação de Swiatek, a norte-americana já não dava mais chances em seu saque, perdendo apenas quatro pontos em seus games de serviço. Outra vez, Collins liderou por 4/0 antes que Swiatek enfim confirmasse um game de serviço. Nada que afetasse o amplo domínio da norte-americana na partida.

Collins fez 7 a 1 em aces, 27 a 12 em winners e cometeu 13 erros não-forçados, mesmo número que Swiatek. A norte-americana criou 10 break-points no jogo e conseguiu cinco quebras. 

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