Melbourne (Austrália) - A chegada á final do Australian Open marca a recuperação de Danielle Collins no mundo do tênis. Três anos depois de ter sido semifinalista em Melbourne, a norte-americana foi além e disputará sua primeira final de Grand Slam. Aos 28 anos, a atual número 30 do mundo também chegará ao top 10 após o torneio. Collins, que precisou fazer uma breve pausa na carreira no ano passado, depois de ser diagnosticada com endometriose e passar por cirurgia, se sente fortalecida e comparou o momento atual com os tempos em que começava a se destacar no circuito.
"A cirurgia foi em abril. Levei sete semanas para me recuperar e logo depois joguei Roland Garros. Acho que se eu tivesse o diagnóstico um pouco mais cedo, isso certamente poderia ter me beneficiado. Mas é apenas uma daquelas coisas que não aconteceram. Ainda assim, fomos capazes de consertar cirurgicamente. Agora sou capaz de viver minha melhor vida e ser capaz de me sentir como uma pessoa normal", explicou Collins, que depois de voltar às quadras, conquistou seus dois primeiros títulos de WTA em Palermo e San Jose.
"Acho que além da cirurgia, fiquei muito mais forte fisicamente nos últimos dois anos. Melhorei meu condicionamento e minha forma física. Isso tem sido uma das áreas mais importantes do meu treinamento e foco, e se transferiu para o meu tênis", acrescenta a norte-americana. "Acho que meu saque ficou muito mais forte e a minha resistência melhorou tremendamente. Acho que minha a potência e velocidade melhoraram. Isso é algo em que me concentrei muito nos últimos dois anos. Acho que essa é provavelmente a maior diferença de onde eu estava, se comparar minha semifinal aqui em 2019.
Collins chega confiante à final em Melbourne depois de superar a polonesa Iga Swiatek, número 9 do mundo, com parciais de 6/4 e 6/1 em 1h18 de partida. Esta foi sua sétima vitória contra top 10 na carreira. "Estou me sentindo ótima. Tive uma jornada incrível neste torneio, me diverti muito em quadra e venci muitas adversárias difíceis. Estar na final é realmente incrível. Estou sem palavras agora. Acho que hoje, com o plano de jogo que eu tinha e o começo sólido que tive, senti que estava realmente muito bem. Eu estava com um ótimo ritmo, batendo muito bem na bola muito bem e jogando um tênis realmente sólido".
Duelo com Barty na final em Melbourne
Em busca do maior título da carreira, Collins terá a missão de desafiar a número 1 do mundo Ashleigh Barty no próximo sábado. Ela tem uma vitória em quatro jogos contra a australiana. "Acho que todas as vezes que jogamos foram partidas muito divertidas. Mesmo quando perdi foram alguns dos meus momentos mais memoráveis em quadra por causa da maneira como estávamos lutando. Algo que eu realmente admiro no jogo da Ash é sua variedade. Ela tem um estilo de jogo diferente de praticamente todas as jogadoras do circuito. Não são muitas as que usam o slice de backhand do jeito que ela faz ou que têm o saque que ela tem".
"Acho que vamos ter outra batalha esperançosamente e vamos fazer um bom espetáculo para todos. Eu vou ter que analisar algumas das partidas que jogamos no passado e e pensar sobre o que funcionou bem e nas coisas que não funcionaram bem e apenas tentar para chegar ao melhor plano de jogo possível. Ela muitos recursos e varia muito bem seus golpes. Ela é capaz de variar velocidades de bola e realmente fazer você ter que adivinhar muito sobre onde ela está indo".