Notícias | Dia a dia | Australian Open
Barty sente não pertencer a rol de grandes campeões
29/01/2022 às 15h43

Melbourne (Austrália) - Campeã do Australian Open ao vencer a norte-americana Danielle Collins na final deste sábado, conquistando já seu terceiro título de Grand Slam, a australiana Ashleigh Barty vai escrevendo seu nome na história do tênis. Contudo, a número 1 do mundo é humilde e mesmo com todas suas conquistas ainda não enxerga entre as maiores estrelas deste esporte.

“Ainda há muito trabalho a fazer, sem dúvida”, afirmou a versátil australiana, que já tem títulos de Slam nas três superfícies. “Sinto-me honrada em fazer parte de um grupo tão seleto de jogadores, mas para ser sincera ainda não me sinto pertencente a esse grupo de grandes campeões. Ainda estou aprendendo e tentando definir todas as minhas habilidades, me conhecendo dia a dia para ser cada vez melhor”, disse Barty.

+ Barty sente não pertencer a rol de grandes campeões
+ 'Ainda tenho espaço para melhorias', afirma Collins
+ Barty enche de orgulho a comunidade aborígene

“É incrível poder ser consistente e regular em três superfícies diferentes, ter um Grand Slam em cada uma delas é ótimo. Eu provavelmente nunca pensei que isso aconteceria comigo, então estou sortuda e privilegiada por fazer parte desse grupo”, acrescentou a australiana, que aos poucos vai interiorizando o peso e a glória da conquista no Melbourne Park, encerrando um jejum de 44 anos sem títulos da casa no feminino.

Barty contou que não sabia o que fazer ou como se sentir. “Foi algo um pouco surreal. Deixei escapar um pouco das minhas emoções, algo que não é comum. Comemorei com todos que estavam lá na torcida. A energia e a atmosfera estavam estratosféricas hoje. Poder entender quanto trabalho minha equipe e eu fizemos longe dos holofotes nos últimos anos e poder ter a oportunidade de vivenciar isso foi algo realmente especial”.

A presença de Evonne Goolagong na cerimônia de entrega foi uma surpresa das mais agradáveis para a atual líder do ranking. “Não sabia que ela estava aqui, pensei que não poderia vir. Conversamos no início da semana, ela falou que estava em casa e não podia viajar este ano. Receber essa surpresa foi incrível, não posso acreditar que Craig (Tiley) conseguiu manter isso em segredo”, falou Barty, que tem em Goolagong uma inspiração para sua carreira.

“Só de poder dar um abraço nela foi realmente especial. É a primeira vez que a vejo em um ano. Poder estar com ela em carne e osso e poder conversar com ela foi incrível. Além disso, em um momento tão importante e em uma quadra tão bonita como esta, significa muito para nós duas”, complementou a campeã do Australian Open.

Barty não quis comparar a conquista de agora com a de seus outros dois Slam. “Eles são todos muito diferentes e vieram em momentos distintos da vida. Minha jornada nos últimos 20 anos, desde que comecei a bater na bola, tem sido incrível, mas principalmente nos últimos cinco ou seis anos, nesta segunda fase da carreira. Foi importante estar cercada de pessoas incríveis, pessoas que investiram muito tempo e esforço em minha carreira e agora podem provar tudo comigo”, finalizou.

Comentários