Kiev (Ucrânia) - Na semana em que o território da Ucrânia começou a ser atacado pela Rússia, o tenista ucraniano Sergiy Stakhovsky disse que se alistou ao exército e que está disposto a pegar em armas na defesa do país. Ele espera se juntar aos militares, assim que as condições de segurança de sua família, hoje na Hungria, estiverem garantidas.
"É claro que eu lutaria. É a única razão pela qual estou tentando voltar", disse Stakhovsky em entrevista à Sky News. "Eu me alistei para a reserva na semana passada. Não tenho experiência militar, mas sei manusear uma arma em particular".
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"Meu pai e meu irmão são cirurgiões, estão estressados, mas falo com eles com frequência. Eles dormem em um porão", explica o jogador de 36 anos e atual 240º do ranking. "Nenhum de nós acreditava que isso pudesse acontecer, e mesmo assim aconteceu".
Stakhovsky está com 36 anos, tem quatro títulos de ATP na carreira e já chegou a ser número 31 do ranking mundial em 2010. Sua vitória mais expressiva foi sobre Roger Federer na grama de Wimbledon, em 2013. Na atual temporada, jogou apenas o Australian Open e caiu na estreia.
Svitolina doa para exército e projetos humanitários
Outra tenista ucraniana que se manifestou foi Elina Svitolina, número 15 do ranking. Ela está atualmente no México, para a disputa do WTA 250 de Monterrey e se comprometeu a doar a premiação em dinheiro dos próximos torneios para o exército e também para projetos humanitários
"Eu me comprometo a doar a minha premiação em dinheiro dos próximos torneios para a apoiar o projeto e a qualquer iniciativa humanitária para proteger o nosso país", divulgou Svitolina em suas redes sociais. "Todos os dias eu temo pelo meu povo. Mas tenho muito orgulho de ser ucraniana. Estou vendo nossas mães, pais, irmãos, irmãs sendo muito fortes e bravos, lutando pelo país. Eles são heróis. Talvez o mundo veja isso e possa nos ajudar a unir forças para proteger vocês".