Rio de Janeiro (RJ) - Abrindo a série entre brasileiros e alemães, nesta sexta-feira no Parque Olímpico da Barra, Thiago Wild receberá o atual campeão olímpico Alexander Zverev, que embora nunca tenha enfrentado o paranaense de 21 anos e atual 216 do mundo, conhece bem seu primeiro adversário no confronto válido pela fase qualificatória da Copa Davis.
Questionado sobre Wild, o germânico destacou as conquistas do ATP 250 de Santiago e do US Open Juvenil. “Nunca joguei contra ele, mas treinamos juntos várias vezes. Ele é um jogador muito bom e com muito talento. Vai ser uma partida interessante, estou esperando uma dura batalha”, afirmou o atual número 3 do mundo para a mídia alemã.
O capitão Michael Kohlmann preferiu deixar no passado a explosão que Zverev teve no ATP 500 de Acapulco, na semana passada, quando golpeou a cadeira do juiz com a raquete após derrota na estreia na chave de duplas, o que acabou lhe rendendo uma multa e a exclusão do torneio. “Não abordamos isso mais”, resumiu o comandante da equipe, que explicou também a opção por Jan-Lennard Struff.
“A experiência de Jan-Lennard e os jogos de Copa Davis que já disputou foram decisivos. Isso pode ser importante contra a torcida brasileira”, disse o capitão alemão sobre a escolha do número 2 de seu país, que enfrentará o cearense Thiago Monteiro na segunda partida da sexta-feira.
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Será a quinta vez que o brasileiro e o alemão se cruzarão no circuito. “Eu o conheço, já o venci duas vezes, mas perdi outras duas. Ele trabalha duro, tem bons golpes e se sente mais confortável no saibro. Definitivamente vai ser uma tarefa dura vencê-lo no saibro e dentro de casa. Preciso colocá-lo sob pressão e tentar dominar os ralis, se deixá-lo jogar teremos pontos muito longos”, analisou Struff.
O germânico levou a melhor nos últimos dois, o mais recente na primeira rodada dos Jogos Olímpicos de Tóquio (2021) e o outro no saibro de Hamburgo (2019). As vitórias de Monteiro aconteceram ambas no saibro, uma em Munique (2019) e outra no challenger de Oberstaufen (2013).
As altas temperaturas e a torcida contra são coisas que os alemães já esperam para o duelo. “Está quente, mas dá para jogar e treinar sem problemas. No México, por exemplo, é impossível jogar à tarde. Espero torcedores ‘bem agressivos’ nas arquibancadas”, falou Zverev na coletiva de imprensa. “Os confrontos na América do Sul são sempre diferentes, com altas temperaturas e atmosfera especial. Você tem que estar preparado para isso”, completou o capitão Kohlmann.