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Dolgopolov é mais um tenista ucraniano na guerra
17/03/2022 às 09h10
 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Alex Dolgopolov AKA "THE DOG" (@alexdolgopolov)

Kiev (Ucrânia) - Depois de Sergiy Stakhovsky e Andrei Medvedev, mais um tenista ucraniano se juntou às forças de seu país para defendê-lo da invasão russa. Recém-aposentado do circuito, Alexandr Dolgopolov se juntou aos dois conterrâneos na capital Kiev. Ele falou que após o pânico dos primeiros dias, em que sentiu a necessidade de levar sua família para a relativa segurança da Turquia, se sentiu compelido a voltar.

“Preferi ficar fora do país e se acontecesse alguma coisa, eu poderia ajudar muito nas redes sociais. Tenho muitos seguidores de todo o mundo para mostrar a verdade, pois tenho acesso a todas as informações dentro do país. Achei que seria mais útil fora nos primeiros dias porque não estou no exército, não seria o primeiro a lutar. Alguns dias depois, com as coisas ficando mais claras, comecei a planejar voltar”, disse.

Dolgopolov contou que não tinha ideia de como segurar uma arma, mas então encontrou um local de tiro e teve a sorte de receber a ajuda de um ex-militar profissional, que o ensinou por alguns dias a manejar as armas. “Agora estou confortável com armas. Eu posso atirar, não perfeitamente, mas com certeza posso acertar uma pessoa se vir uma e estou mais confiante. Então me programei para voltar”, falou o ucraniano.


“Foi uma decisão minha e ninguém pode me impedir minhas decisões. Meu pai ficou triste, foi difícil quando nos separamos. Ele estava muito preocupado e obviamente ninguém queria que eu estivesse aqui. Mas essa é a realidade. É guerra, o que podemos fazer? Tenho certeza de que ninguém dos nossos caras quer morrer ou estar nesta guerra, mas é nossa terra”, afirmou Dolgopolov.

Além de explicar sua vontade de lutar, o ucraniano cobrou posições mais firmes do circuito. “Você vê os tenistas russos muito cuidadosos em seus discursos. Eles não estão dizendo 'condenamos a guerra de nosso exército, nosso governo', estão apenas dizendo 'somos contra a guerra'. Para mim, isso não é suficiente quando essas coisas estão acontecendo. O tênis está sendo muito suave e neutro demais”, disparou o ex-número 13 do mundo.

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